O presidente executivo do BPI, Pablo Forero, disse esta quinta-feira que a distribuição de 140 milhões de euros de dividendos ao CaixaBank representa “a última etapa de normalização” do banco depois da crise financeira.
“A distribuição de dividendos é a última etapa de normalização e do deixar para trás a crise financeira”, disse Pablo Forero em conferência de imprensa de apresentação dos resultados do primeiro trimestre do BPI, que decorreu hoje em Lisboa.
O presidente do BPI disse que a distribuição de dividendos de 140 milhões de euros, depois dos lucros de 490,6 milhões de euros em 2018, está “dentro do patamar da política de dividendos” do acionista, o espanhol CaixaBank.
“O que estão a fazer os acionistas é reinvestir no negócio em Portugal, com 70% dos lucros para estimular o negócio [no país] e 30% para distribuição de dividendos”, explicou o gestor.
Num comunicado divulgado na segunda-feira, o banco indicou que “o ‘payout’ do dividendo aprovado corresponde a 31% do lucro líquido individual do BPI em 2018 (excluindo a mais-valia potencial decorrente da reavaliação da participação no BFA [Banco de Fomento Angola])”.
O BPI teve um lucro líquido consolidado de 490,6 milhões de euros em 2018, muito acima do resultado de 10,2 milhões de euros registados em 2017, divulgou a 01 de fevereiro o banco liderado por Pablo Forero.
O gestor espanhol disse ainda que a normalização está a acontecer, “felizmente”, no seu banco “e com outros bancos em Portugal, o que “é uma boa notícia para o setor”.
O lucro consolidado do BPI no primeiro trimestre deste ano foi de 49,2 milhões de euros, uma quebra de 60% relativamente ao período homólogo do ano passado, segundo os resultados hoje comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O banco liderado por Pablo Ferrero explica que para este resultado contribuiu o lucro líquido da atividade registada em Portugal, que atingiu os 45,5 milhões de euros (92,5% do resultado consolidado).
Explica ainda que o resultado consolidado se deve, em grande medida, ao impacto positivo de dois factos não recorrentes ocorridos no primeiro trimestre do ano passado: venda da participação na Viacer e reversões de imparidades de 11 milhões de euros.
Deixe um comentário