//Do 5G ao serviço postal: os desafios das Comunicações em 2022

Do 5G ao serviço postal: os desafios das Comunicações em 2022

A conclusão do leilão da quinta geração da rede móvel (5G) não responde, por si só, aos desafios do 5G, a criação da tarifa social de internet não basta para uma conectividade tendencialmente universal e os temas das fidelizações e dos novos serviços digitais não encontram resposta apenas na intenção de transpor o Código Europeu das Comunicações Eletrónicas (CECE). As comunicações eletrónicas têm desafios exigentes no horizonte. Precisam de encontrar respostas adequadas para que este seja um ano capital na reconquista da relevância económica do setor: desde 2016 que a produtividade das telecomunicações cai. Há seis anos representava 1,79% do PIB, hoje representa 1,42%, segundo dados do regulador, a Anacom.

No setor postal, o novo ano abre um novo ciclo. O comércio eletrónico é hoje mais do que uma tendência, quando o serviço postal universal sofre uma atualização. Há novo contrato de concessão aos CTT e uma alteração à lei postal para o acomodar. Contudo, ainda são desconhecidos os termos da nova concessão. O setor está em estado crítico, representa 0,28% do PIB, quando em 2016 o seu valor acrescentado bruto correspondia a mais de 2%. Mas, Vamos por partes perceber os desafios das Comunicações.

O tempo do 5G

2022 é o primeiro ano com 5G disponível no país. A nova rede representa uma melhoria sobretudo na velocidade da internet. O disparo na velocidade já é sentido em algumas zonas de Lisboa – há rede noutros pontos do país, mas nada que se compare com a capital. Mas a promessa vai muito além disso, principalmente para as empresas: menor tempo de resposta entre serviços (latência), conectividade permanente e mais máquinas ligadas entre si (até 1 milhão por km2). Daí que neste ano a Anacom vá definir quando chegará o ultrarrápido (faixa dos 26 Ghz, em consulta). Um 5G mais evoluído, porém, não deverá ser sentido antes de 2023, o ano da primeira grande obrigação dos operadores com licença: cobrir 75% da população de cada freguesia considerada de baixa densidade do país. E, por isso, 2022 servirá para preparar o alcance das futuras metas. Pelo meio, a Anacom espera mais concorrência e competitividade no setor. Hoje há seis operadores com autorização para ter rede própria, mas só os históricos Altice, NOS e Vodafone já lançaram rede 5G.

A sexta geração

A evolução seguinte é outro tema. Ainda o 5G vai no início e já Academia, especialistas e operadores estudam a próxima evolução. Nada ainda de concreto há – nem standards europeus ou nacionais, muito menos objetivos – mas o 6G já é tema e continuará a ser debatido.