A dona da Emirates está a estudar o despedimento de cerca de 30 mil trabalhadores. O grupo que detém a companhia aérea do Médio Oriente está a preparar um plano de redução de custos por causa dos efeitos do novo coronavírus na indústria das viagens. Acelerar a retirada dos mega-aviões A380 também está nos planos da empresa, que deverá ser ajudada pelo governo do Dubai.
Os cortes de pessoal na empresa deverão corresponder a cerca de 30% da força de trabalho, noticia este domingo a agência Bloomberg, citando fontes ligadas ao processo. Até ao final de março, a Emirates contava com mais de 105 mil trabalhadores.
Segundo a associação internacional de transporte aéreo (IATA), as companhias de aviação vão perder 314 mil milhões de dólares em receitas de bilheteira no ano de 2020. Esta situação ameaça cerca de 70% da oferta de aeronaves para a aviação comercial.
A notícia surge uma semana depois de a companhia aérea ter comunicado lucros de 288 milhões de dólares no ano fiscal de 2019, terminado em março de 2020. Apesar do crescimento de lucros de 21%, a empresa já estava a sentir uma diminuição de 6% nas receitas. Os lucros do grupo Emirates caíram dos 631 para 456 milhões de dólares (menos 28%).
Além da companhia aérea, o grupo Emirates conta com empresas na área de retalho, turismo, hospitalidade, serviços aéreos e até na área da formação de profissionais para a aviação civil e militar.
A nível internacional, companhias como a Ryanair e a British Airways já admitiram que podem vir a cortar milhares de postos de trabalho nos próximos meses para reduzir os custos. A portuguesa TAP também vive na incerteza, aguardando por uma injeção de capital nas próximas semanas e que deverá contar com a participação do Estado.
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