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A Cofina, o grupo dono do Correio da Manhã, viu o ano passado os lucros recuar 23%, para 5,5 milhões de euros. As receitas totais do grupo ascenderam a 71,4 milhões, o que representa uma queda de 18,8% face ao ano anterior, refletindo impactos da pandemia em praticamente todas as linhas de receita. O grupo de Paulo Fernandes registou ainda custos não recorrentes de cerca de 2 milhões de euros com a tentativa de compra da Media Capital, tendo ainda o grupo registado imparidades de Goodwill no montante de cerca de 1,9 milhões de euros.
Praticamente todas as linhas de receita do grupo recuaram o ano passado, com a maior descida percentual a se verificar nas receitas de circulação – menos 20,7% para 33,3 milhões de euros – seguida da de publicidade, uma descida de 19,4%, para 22,2 milhões, com as receitas associadas a marketing alternativo a cair 13,7%, para 15,9 milhões.
“De forma a gerir os impactos da pandemia, o Grupo reforçou as medidas de contenção de custos, das quais se destacam, revisão das tiragens dos produtos (ou seja, número de exemplares impressos), redução do número de páginas, redução dos custos editoriais, redução de ações de marketing, cessação temporária da distribuição do jornal Destak (gratuito) e implementação de medidas de contenção de outros custos (que não relacionados com a proteção dos nossos Colaboradores)”, descreve a Cofina. “Estas ações consubstanciaram-se numa redução de custos durante o segundo semestre do ano, o que auxiliou o processo de controlo dos impactos na atividade decorrentes da pandemia.”
Os custos operacionais recorrentes recuam 19%, atingindo 57,5 milhões de euros. Em 2020, em comparação com 2019, os custos operacionais recorrentes foram reduzidos em cerca de 14 milhões de euros. O EBITDA recorrente foi de cerca de 13,9 milhões, o que reflete um decréscimo de 17% face ao EBITDA recorrente registado no ano anterior.
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No final do ano passado, a dívida líquida nominal da Cofina era de 40,1 milhões de euros, uma redução de cerca de 4,8 milhões face à dívida líquida nominal registada a 31 de dezembro de 2019, a qual era de 44,9 milhões de euros.
“No que diz respeito à gestão do risco de liquidez, é do entendimento da Cofina que os contratos de financiamento estabelecidos, bem como o histórico relevante de atividade com as instituições financeiras, com as quais tem uma relação de parceria sem históricos de incumprimento, permitem ao Grupo gerir eventuais necessidades adicionais de fundos para manutenção da atividade neste período de incerteza”, destaca o grupo.
No final de 2020, a Cofina tinha “linhas de crédito consolidadas disponíveis (nomeadamente, contas correntes caucionadas, descobertos bancários e cash-poolings) no valor de, aproximadamente, 15,1 milhões de euros”, tendo na rubrica caixa e equivalentes de caixa cerca de 15,3 milhões de euros.
CMTV com receitas de 15,5 milhões
A CMTV fechou o ano passado com 15,5 milhões de euros de proveitos, uma subida de 5%. No segundo semestre do ano, as receitas cresceram 11,3%. “As receitas de publicidade atingiram cerca de 7 milhões de euros e as receitas provenientes de Fees de presença e outros atingiram 8,5 milhões de euros”, informa o grupo.
O EBITDA da unidade de TV foi de cerca de 4,7 milhões de euros, um crescimento de cerca de 18% A margem EBITDA registou um crescimento de 3,5 p.p. para 30,4%.
Imprensa recua 24% receitas
“O segmento de imprensa da Cofina, que engloba todas as publicações em papel e as receitas provenientes do mercado digital, foi o mais afetado, pelo consequente encerramento de pontos de venda de publicações ao público e pela inexistência de eventos desportivos, durante o período em que as medidas do Governo, tendo como objetivo o isolamento social, estiverem em vigor. De registar, igualmente, a quebra ao nível da publicidade em todos os produtos”, refere o grupo.
As receitas totais da unidade foram de cerca de 55,9 milhões, uma descida de 24% face ao ano anterior. O EBITDA deste segmento ascendeu a 9 milhões de euros, menos cerca de 28%.
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