Com a pandemia a acelerar a transformação digital, certas empresas tiveram oportunidades de crescimento que não imaginavam possíveis. É o caso da plataforma 100% online Dott, criada há um ano, e que desde 12 de março, quando começou a quarentena em Portugal, contratou mais 30 pessoas, um aumento de quase 40% na equipa, para fazer face ao crescimento de solicitações. Parte deste crescimento vem de uma parceria com o MBA da Porto Business School (para sete pessoas que estão dedicadas a projetos especiais).
Ao Dinheiro Vivo, o CEO, Gaspar d’Orey, revela que a pandemia veio multiplicar as vendas da plataforma por cinco, entre fevereiro e abril, “e mesmo depois do desconfinamento e da queda expectável no volume de vendas, o número estabilizou em mais do dobro do volume pré-confinamento”.
O Dott aumentou em 40% a sua equipa desde a pandemia, devido à subida nas vendas. Quanto significou essa subida e de que forma estas contratações podem fazer face a esse aumento do negócio?
A equipa está agora com 78 pessoas, mais 30 desde o dia 12 de março, data em que teve início o período de confinamento. Destas, sete fazem parte de um projeto que temos com o MBA da Porto Business School e estão dedicadas a projetos especiais. As restantes entraram sobretudo para a área de customer support, ou customer delight como lhe chamamos no Dott, para fazer face ao aumento exponencial do negócio dado o confinamento e à procura acrescida que o Dott teve desde aí. E também para a área tech para projetos que, não fosse o confinamento, só necessitariam de ser lançados no fim do ano, mas dado o acelerar do negócio tivemos a necessidade de os colocar em prática mais cedo.
Houve um aumento de parceiros do Dott devido ao confinamento? Acreditam que esse movimento vai continuar?
O número de vendedores novos por mês no Dott mais do que duplicou desde o início da pandemia e manteve-se após o desconfinamento o que demonstra um acelerar da tendência para a digitalização dos negócios em Portugal, e acreditamos que se irá manter.
Houve alguma dificuldade em encontrar os profissionais com as características certas?
Há sempre uma grande concorrência nesta área tecnológica. Mas mais do que tudo, procuramos profissionais que se adaptam à nossa cultura de crescimento, partilha, entreajuda e gentileza entre todos. Quanto ao facto de não conseguirmos estar fisicamente com os candidatos, não foi para nós uma dificuldade na contratação, uma vez que estamos habituados desde o início a trabalhar em duas geografias, Lisboa e Porto, com equipas que se comunicam diariamente por vídeo. O importante é conseguirmos as pessoas certas para a equipa, estejam elas onde estiverem.
A pandemia e consequente crise influenciou as condições, nomeadamente salários, mas também de presença física, dos novos contratados?
Não necessariamente salários – a nossa estratégia manteve-se aí. Alterou sim na comunicação entre equipa, que foi reforçada e mantivemos os nossos momentos de forma remota, incluindo o coffee morning às sextas-feiras, durante o qual as áreas fazem o resumo da semana, e as beer fridays de convívio para toda a equipa, entre outros.
O teletrabalho não é uma novidade para nós, e por isso foi muito fácil adaptarmo-nos a trabalhar a partir de casa, algo que ainda estamos e vamos continuar a fazer para segurança de todos. Temos o nosso escritório do Porto aberto, com inscrição prévia para quem quiser lá trabalhar, mas quem quiser pode ficar a trabalhar a partir de casa.
Pretendem continuar a contratar?
Sim, continuamos com vagas abertas para a área de product design e de customer support, e estamos sempre abertos a pessoas com um perfil especial e que tragam muita vontade de pôr as mãos na massa.
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