Duas cidades cobertas com rede móvel de quinta geração (5G), uma elas no interior, é “um objetivo que nos parece realista e será dada resposta pelos operadores portugueses”, afirma João Cadete de Matos, presidente da Anacom, que apresentou o regulamento para o leilão do 5G, previsto para abril. O Estado deverá ter um encaixe mínimo de 237,9 milhões.
A Autoridade Nacional de Comunicações considera a meta alcançável já que Portugal está entre os 10 países da União Europeia com mais projetos-piloto.
Para incentivar a concorrência nas telecomunicações, a Anacom afirma ter criado condições no setor, prevendo o regulamento “pelos menos três opções” para que entrem novos operadores: compra de espectro (com um desconto de 25% em faixas específicas); partilha de rede (operador virtual) e roaming nacional, que “será obrigatório” que seja dado aos novos entrantes. Caso não aconteça, a “Anacom não deixará de interferir”.
Novo operador
“Falta em Portugal uma oferta competitiva relativamente aos preços das comunicações, sobretudo nos de internet de banda larga”, diz Cadete Matos. “Nos países onde existe um quarto operador móvel, os preços das comunicações são mais favoráveis”. Sem revelar nomes, o regulador diz haver interessados numa entrada nas comunicações móveis nacionais.
Neste momento, nenhum fornecedor está excluído do 5G (incluindo a Huawei), mas “em Portugal estamos alinhados (em termos de segurança de redes) com o que na Europa está a ser feito”, diz Manuel Barros, diretor de segurança nas comunicações da Anacom.
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