Dulce Mota assume esta terça-feira a presidência executiva do Banco Montepio, substituindo Carlos Tavares que passa a presidente não executivo (‘chairman’).
A gestora assumiu em janeiro a vice-presidência do banco, vinda do ActivoBank/BCP, e passa agora a presidente de forma interina, o que significa que de futuro poderá haver novamente mudanças.
Já Carlos Tavares (ex-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e que foi ministro da Economia no Governo PSD/CDS-PP de Durão Barroso) passa a ‘chairman’, acabando assim com a acumulação de cargos que dura há quase um ano e a qual o Banco de Portugal (BdP) vinha avisando que não podia continuar.
A escolha dos responsáveis máximos do Montepio vem passando por dificuldades desde o ano passado. Em agosto foi noticiado que o grupo Montepio enviou para o BdP um pedido provisório de avaliação da idoneidade de Álvaro Nascimento para presidente não executivo (‘chairman’).
Contudo, o professor da Universidade Católica e ex-presidente não executivo da Caixa Geral de Depósitos (2013 a 2016) não teria o apoio de Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (dona do Banco Montepio), depois de ter sido conhecido que criticou a gestão da mutualista.
Já no final do ano passado foi noticiado que João Ermida foi proposto para ‘chairman’ do Montepio.
Segundo o jornal Público, que avançou a semana passada com a notícia da ida de Dulce Mota para presidente, o Banco de Portugal não concedeu o registo de idoneidade a João Ermida por não cumprir o critério de ter experiência recente na atividade bancária, uma vez que nos últimos dez anos não esteve diretamente a trabalhar na banca.
O pedido de autorização de João Ermida para ‘chairman’, junto do Banco de Portugal, foi substituído por um pedido de autorização para exercer a função de administrador não executivo.
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