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A promotora imobiliária internacional Dynasty Homes apresentou esta semana o seu mais recente projeto imobiliário, na Herdade do Meio, concelho do Seixal. Um empreendimento que iniciou agora a construção e que vai disponibilizar 70 moradias que se distinguem por ser autossuficientes. Esta é, aliás, e como revelou Bobby O”Reilly, cofundador e sales & marketing diretor da Dynasty Homes, em entrevista ao Dinheiro Vivo, a estratégia da empresa para os empreendimentos em curso e futuros. Aliás, o gestor diz que em Portugal há abertura dos responsáveis nacionais para projetos de elevada qualidade que vão de encontro às necessidades da sociedade.
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A empresa – que revelou que o empreendimento da Herdade do Meio representa um investimento de 30 milhões de euros e que faz parte de um “bolo” de 82 milhões já concretizados e onde se incluiem os dois outros empreendimentos em curso na Aroeira – anunciou que, este ano, vai investir um adicional de 100 milhões de euros.
Na Aroeira, também na margem sul, está prevista a construção de 21 moradias, num investimento de 12 milhões de euros, a começar em outubro.
Bobby O”Reilly, que vive em Portugal há dez anos, revelou que a empresa está comprometida com o mercado nacional pelo menos para a próxima década. O objetivo é colmatar parte da falha existente no mercado residencial nacional: habitações novas e direcionadas para o mercado local.
Para tal, a promotora imobiliária está à procura de terrenos na margem sul do Tejo que tenham uma localização privilegiada – próxima de transportes, de serviços e que permitam a criação de uma “comunidade”. O objetivo primordial assenta em propriedades com projetos já apresentados (mesmo que não aprovados), porque a convicção é a de que os preços vão subir ainda mais.
O conceito apresentado na Herdade do Meio – moradias autossuficientes, onde se deu primazia a materiais eficientes, com painéis fotovoltaicos e baterias capazes de armazenar a energia produzida – será o conceito utilizado nos próximos projetos. A empresa acredita ser esse o caminho. A par disso, a principal preocupação da promotora, aponta Bobby O”Reilly, é a de cativar o mercado português e não o dos investidores, nomeadamente internacionais, que tenham como objetivo a revenda.
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Aposta em casas autossuficientes
A poucos minutos da estação ferroviária de Foros de Amora, a Herdade do Meio apresenta um conceito diferente: são 70 moradias geminadas (duas a duas), inseridas num lote de 11 hectares, com zonas verdes e uma área social (onde está previsto um parque infantil, campos de padel, café e, talvez, um espaço polidesportivo.
O projeto tem a assinatura de Jalal Elali, diretor-geral da Cipher Design, com as casas a terem sido projetadas com o intuito de “maximizar os espaços de convivência, com um layout que fornece o máximo possível de luz natural”.
O desenho (e localização) das casas foi concebido com o objetivo de proporcionar todo o conforto, mas também de requerer o mínimo de energia para a sua utilização. Mesmo assim, e a pensar nas atuais e futuras exigências, as habitações vêm equipadas com dez painéis solares (podendo aumentar até 16), de 550 watts cada, num total de 5,5 KW/h, e duas baterias com uma capacidade de 19,2 KW.
A ideia é permitir que a casa seja energeticamente autossuficiente, tendo por premissa a existência de uma viatura elétrica, com um carregamento semanal. As moradias também vêm com duas trotinetas elétricas e, revelou Bobby O”Reilly, a Dynasty Homes chegou a um acordo com a marca automóvel Mercedes para que os compradores tenham acesso a preços diferenciados na aquisição das viaturas da marca.
Neste momento, já estão vendidas 25 moradias da Herdade do Meio, cujo preço começa nos 570 mil euros. A pensar nos clientes – nomeadamente as famílias locais – a promotora chegou a acordo com a banca, requerendo aos compradores das casas, para já, apenas 10% do valor. E está a associar o empreendimento aos chamados empréstimos “verdes”.
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