O memorando de entendimento estratégico remonta a maio do ano passado, mas só esta quinta-feira é que o acordo foi anunciado. A EDP Renováveis e a francesa ENGIE estão mais próximas de se tornarem oficialmente parceiras na área das energias eólicas offshore, numa joint venture detida a 50% por cada uma das partes.
Em comunicado publicado hoje na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a EDP ressalva que a assinatura do acordo ainda está sujeita “a certas condições
precedentes, incluindo o processo de aprovação regulatório da Comissão Europeia”. A empresa espera que a parceria esteja operacional até ao final do primeiro trimestre de 2020.
Na mesma nota, a EDP refere que a nova entidade será um “veículo exclusivo de investimento” para “oportunidades eólicas offshore em todo o mundo, combinando a competência industrial e a capacidade de desenvolvimento das duas empresas”.
Tal como tinha sido anunciado em maio do ano passado, as duas empresas querem “criar um líder global” no setor das energias eólicas offshore, e para tal “estão a combinar os seus ativos eólicos offshore e os projetos em desenvolvimento na nova entidade, começando com um total de 1,5 GW1 em construção e 3,7 GW2 em desenvolvimento”.
Também durante a apresentação do memorando foi dito que a joint venture tem como meta alcançar uma capacidade máxima instalada de 17 GW até 2030, distribuídos entre a Europa, os Estados Unidos e a Ásia. O investimento estimado para este objetivo ronda os 51 mil milhões de euros.
A nova empresa ficará sediada em Madrid e terá como CEO Spyros Martinis Spettel, atual chief development officer da EDP Renováveis. O chairman será o português Paulo Almirante, vice-presidente executivo da Engie.
A francesa Engie é a empresa líder do consórcio que, em dezembro, comprou as seis barragens que a EDP detinha no Douro por 2,2 mil milhões de euros.
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