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A EDP vai investir cerca de 1.500 milhões de euros em energia eólica no mar (“offshore”), através da Ocean Winds, que pode representar até 17 gigawatts (GW) de capacidade renovável no oceano, anunciou o presidente executivo.
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“Vamos investir cerca de 1.500 milhões de euros em projetos renováveis até 2025, isto é a parte da EDP, portanto, Ocean Winds, como um todo, tem o nosso parceiro [Engie] que depois investe a outra metade e isto pode representar até cerca de 17 GW, 17.000 megawatts, de capacidade renovável no oceano”, explicou à Lusa o presidente executivo, Miguel Stilwell d”Andrade, a propósito da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que tem lugar em Portugal, de 27 de junho a 01 de julho, e que conta com a participação da EDP.
A Ocean Winds é uma “joint venture” criada pela EDP e a francesa Engie, em julho de 2020, que tem como propósito o investimento em projetos eólicos a nível global.
Este investimento está previsto no plano de negócios da empresa até 2025, mas, segundo o presidente executivo, está a ser analisada a hipótese de ir “mais além”, uma vez que a Ocean Winds “já conseguiu alcançar aquilo que estava previsto no plano de negócios”.
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“[O eólico “offshore”] claramente é uma das áreas que está a crescer mais, está a ser mais difícil fazer eólica “onshore” [em terra], até por questões ambientais e, às vezes, alguma resistência por comunidades locais, e, nesse sentido, o “offshore” tem bastante mais potencial”, afirmou o líder da EDP.
Do total de capacidade eólica “offshore” prevista, cerca de cinco a sete GW de projetos estão já em operação ou em construção até 2025, por exemplo, na Escócia ou na Bélgica.
A empresa tem também mais cinco a 10 GW de projetos em desenvolvimento, por exemplo, nos Estados Unidos, Coreia do Sul e França.
“Nós temos alguma experiência não só no “offshore” convencional, temos mais de 1.000 MW a funcionar, por exemplo, na Escócia e temos cerca de 600 na Bélgica, mas temos também no flutuante, eu acho que aí nós temos um dos projetos que é pioneiro, que é o WindFloat, perto de Viana do Castelo, é uma tecnologia que estamos a pensar utilizar também noutros projetos”, apontou Stilwell d”Andrade.
Em Portugal, a EDP iniciou a aposta neste tipo de tecnologia com o desenvolvimento do WindFloat Atlantic, que permitiu a exploração do potencial eólico no mar, em profundidades superiores a 40 metros, tratando-se da primeira implantação eólica “offshore” em todo o mundo sem recurso às tradicionais estacas que são utilizadas neste tipo de infraestruturas, e que entrou em operação em 2020.
Segundo os dados mais recentes, avançados pelo responsável, o WinFloat produziu no total cerca de 130 gigawatts-hora (GWh), que podem abastecer mais de 100.000 habitantes e evitar a emissão de 58.000 toneladas de dióxido de carbono (CO2).
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