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A Efacec assinou, nos primeiros dez meses do ano, novos contratos no valor de mais de 220 milhões de euros, o que eleva para mais de 500 milhões a carteira global de encomendas da empresa. Em causa estão novos contratos na Europa, América Latina e Emirados Árabes, projetos que “comprovam a competitividade da empresa e o reconhecimento da sua excelência em território nacional e além-fronteiras”, diz o administrador responsável pela área comercial da Efacec, Michael Silva. Representam um crescimento de quase 20% face a igual período de 2020.
São vários os contratos, parte dos quais já se encontram em execução. Destaca Michael Silva que os 220 milhões “não incluem o potencial valor adicional resultante de novos contratos plurianuais, que se traduzirão em encomendas firmes durante os próximos anos”.
Em Espanha, a Efacec vai fornecer e instalar dois transformadores num parque solar, a norte, que “vai beneficiar 50 mil famílias com energia limpa”, bem como “vários transformadores de potência para uma das maiores empresas na área”, perfazendo um total superior a 30 milhões, e que será concluído até dezembro de 2024.
Ainda no mesmo segmento de negócios, os transformadores, a Efacec tem um novo contrato em França, no valor de 100 milhões, e que se prolongará até 2027, além de outros assinados para o Reino Unido, Holanda e Portugal. Trata-se de contratos acima dos 30 milhões e “com vários tempos de execução, desde 2023 a 2027”. Já na América Latina, onde “tem construído fortes relações com diversas utilities na Argentina, Colômbia, Chile e Panamá”, a empresa foi “contratada para modernizar várias subestações da rede de distribuição até ´2023”.
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Mas há mercados novos, Itália, por exemplo, onde a Efacec se estreia com um contrato na área da aparelhagem, no valor de 20 milhões. Na automação, é em Portugal que a Efacec “fortalece a sua atuação”, garante Michael Silva, através do fornecimento de sistemas de comando e proteção para a remodelação de subestações de energia, contratos que serão executados no próximo ano.
Por fim, e no que à mobilidade elétrica diz respeito, a Efacec tem novos contratos assinados no Luxemburgo, Portugal e Emirados Árabes Unidos, mediante os quais vai fornecer “produtos mais sustentáveis e preparados para a digitalização e a indústria 4.0”.
Questionado sobre as perspetivas para 2022, Michael Silva garante que “são muito positivas”, dado que a empresa atua em setores “em franco crescimento”, além de que, com a “expectável” recuperação da economia e a conclusão do processo de reprivatização, “as expectativas passam pela normalização das operações e pelo retomar do ciclo de crescimento sustentável em todas as unidades de negócio”.
O administrador da Efacec destaca que a empresa “tem já contratos-programa acima dos 100 milhões”, para os próximos anos, o que lhe garante “previsibilidade de gestão e melhor planeamento das operações”. Recusa, no entanto, comentar os números que têm sido avançados e que apontam para prejuízos de 20 milhões em 2021 e uma faturação de 240 milhões, menos 50 milhões do que o previsto, sublinhando que o ano “ainda está a decorrer”. Michael Silva lembra a disrupção das cadeias de abastecimento e os impactos da pandemia nos mais de 40 países em que a Efacec atua para sublinhar que “o importante é realçar que a empresa tem sido capaz de sobreviver a estes impactos e a situações que normalmente afetam de forma irremediável outras empresas”. E acrescenta: “Os clientes têm mantido a confiança na Efacec, a faturação e as nossas receitas continuarão a ser na ordem das centenas de milhões de euros, e as nossas equipas continuam a trabalhar em soluções de alta tecnologia e de grande valor acrescentado”.
Sobre a recente greve dos trabalhadores da Efacec, com os sindicatos a falarem numa “paragem forçada de vários setores da empresa”, fonte oficial do grupo garante que “não houve nenhuma paragem forçada” e diz que, “apesar de estar a atuar de uma forma condicionada, devido ao momento complexo que enfrenta, do qual derivam os constrangimentos de natureza financeira, a Efacec é uma empresa de referência e viável economicamente”.
Sobre a reprivatização, que o Governo pretende terminar ainda este ano, sendo que segunda-feira, dia 22, termina o prazo de apresentação de propostas, a mesma fonte reconhece que a empresa “tem sido colocada à prova”, já que se trata de uma “operação delicada e complexa, mas essencial para garantir que a Efacec irá manter-se como uma grande referência da indústria, reconhecida internacionalmente e com uma reputação exemplar”.
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