A Efacec contratou 150 pessoas desde o início do ano e reitera que o despedimento coletivo de cerca de 20 trabalhadores numa das unidades foi porque “houve pessoas que não quiseram aproveitar as oportunidades que a empresa lhes proporcionou”.
Em entrevista à Lusa, em Paris, à margem da participação no evento ‘Mondial Paris Motor Show’, o presidente executivo da empresa portuguesa, Ângelo Ramalho, explicou que, no plano estratégico apresentado em 2016 para o período de 2018-2020 estavam previstos 700 postos suplementares, dos quais já se concretizaram 150.
“Certamente que as empresas têm todos os dias desafios para resolver mas eu refiro, mais uma vez, somos hoje cerca de 2.700 e já crescemos 150 desde o início do ano”, afirmou.
Em 10 de maio, a empresa anunciou o despedimento coletivo de 21 trabalhadores da área de transformadores de potência da Efacec Energia, no âmbito de um processo de reestruturação que envolveu a saída de 49 colaboradores e que foi justificado com a quebra de encomendas de 33% e a redução de 125% dos resultados operacionais entre 2013 e 2017 naquela unidade de negócio.
“Durante este ano, uma das nossas unidades de negócio, que é a unidade de transformadores, num processo de reestruturação provocado por efeitos de mercado, levou à necessidade de redução de efetivos dentro dessa unidade de negócio. Esse processo é um processo que está concluído. E que, para lamento nosso, resultou num despedimento coletivo de cerca de 20 trabalhadores”, justificou à Lusa Ângelo Ramalho.
O CEO da Efacec acrescentou que foram feitas propostas de mobilidade, formação e “soluções de ‘outplacement’”, mas que “um grupo muito reduzido de pessoas entendeu que a via não seria essa”, sublinhando que a Efacec “só é uma empresa das pessoas que lá querem trabalhar”.
“Para lamento nosso, resultou dessa forma. Não era a forma que queríamos que resultasse porque uma empresa que cresce na criação de postos de trabalho certamente que teria oportunidades para quase todas as pessoas. Mas houve pessoas que não quiseram aproveitar as oportunidades que a empresa lhes proporcionou”, afirmou.
Os trabalhadores, por seu lado, afirmam não lhes terem sido apresentadas alternativas e estão a contestar a medida em tribunal.
Fundada em 1948, a Efacec opera nos setores da energia, engenharia e mobilidade e, em outubro de 2015, passou maioritariamente (66,1% do capital) a ser detida pela Winterfell Industries, empresa cuja principal acionista é a empresária angolana Isabel dos Santos.
O Grupo Efacec está presente na Europa, Estados Unidos da América, América Latina, Ásia, Magrebe e África do Sul.
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