//Efacec “não entende as motivações” da greve

Efacec “não entende as motivações” da greve

A Efacec “não entende as motivações” da greve dos seus trabalhadores que voltaram, nesta quinta-feira, a parar entre as 14h00 e as 16h00, exigindo ao Governo a compra de matérias-primas e a demissão da administração, ao mesmo tempo que contestam a reprivatização da empresa. Em comunicado, a companhia liderada por Ângelo Ramalho, sublinha: “Apesar de todos os desafios que enfrentamos, em 2021 a Efacec continuou ativa e manteve uma estratégica disruptiva, tendo lançado novos produtos e soluções tecnológicas, bem como desenvolvido novos projetos de inovação e sustentabilidade, que lhe granjearam o reconhecimento nacional e internacional”.

Esta é a terceira ação de protesto convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte) que fala em “paragens forçadas” de vários setores da empresa, dizendo que a Efacec tem visto a sua capacidade de produção “comprometida” devido à falta de liquidez para comprar matérias-primas e pagar aos fornecedores. Para dia 16 de dezembro está prevista nova greve, de duas horas também, entre as 14h00 e as 16h00.

Acusações nas quais a administração diz que “não se revê”, nomeadamente ao nível da inatividade. “Uma empresa parada não conquista clientes, não é distinguida com prémios, não é escolhida por centenas de empresas para ser parceira na candidatura a cinco projetos altamente estruturantes para o futuro do país, não investe na criação de uma nova estrutura organizacional, para se tornar mais eficiente, não alcança receitas superiores a centenas de milhões de euros”, argumenta.

Sobre a sua capitalização, diz a empresa que o processo de financiamento “está a ser concluído” e que virá “fortalecer a capacidade de resposta da Efacec e o alcance dos seus objetivos”, de acordo com o “plano de negócios definido” e que contempla “o desenvolvimento do roadmap tecnológico da Efacec, que se caracteriza por produtos e soluções prementes para os desafios das sociedades atuais, a normalização, agilização e digitalização das operações, tendo sempre presente o cumprimento das suas obrigações”.

A conclusão do processo de reprivatização, que está em fase final, deverá “impulsionar o aumento da atividade, para lá do que já [está] em curso”.

A terminar o comunicado, a administração da Efacec diz-se “focada no desempenho eficiente, assegurando que não está em risco o cumprimento das suas obrigações, nomeadamente com os seus colaboradores e todos os stakeholders“.