Partilhareste artigo
A Efacec diz que os salários dos seus trabalhadores não estão em risco e que não tem qualquer intenção de avançar com processos de lay-off. Mais, a continuidade da empresa e do negócio “não está, nem nunca esteve, em causa”.
Num esclarecimento, enviado ao Dinheiro Vivo, a empresa presidida por Ângelo Ramalho admite viver “momentos importantes e decisivos”, mas acredita que, concluído que esteja o processo de reprivatização, “conseguirá atingir rapidamente indicadores de performance ajustados aos melhores referenciais de mercado”.
Esta terça-feira, o jornal ECO dava conta da alegada degradação da situação da empresa, colocando em risco o processo de reprivatização. “Na última semana, a empresa liderada por Ângelo Ramalho reuniu com os dois candidatos à reprivatização, a Sodécia e a DST, no âmbito da terceira fase de negociação do processo, e comunicou números significativamente piores do que aqueles que serviram de base às propostas vinculativas já apresentadas. De resultados operacionais positivos, a Efacec já admite cerca de 20 milhões de prejuízo operacionais, isto é EBITDA negativo”, avançava o jornal.
Recorde-se que a empresa fechou o primeiro semestre com um EBITDA negativo de 15,5 milhões de euros, valor confirmado por Ângelo Ramalho na entrevista que concedeu, em setembro, ao Jornal de Negócios, mas sublinhando que corresponde a menos de metade dos prejuízos verificados em igual período de 2020. Nessa entrevista, o CEO da Efacec dava conta das dificuldades da empresa no acesso a instrumentos financeiros.
Subscrever newsletter
No esclarecimento hoje emitido, não há qualquer referência a valores de EBITDA ou outros. A empresa diz apenas que as suas contas “estão legalmente aprovadas e foram alvo de apreciação positiva” pelo Revisor Oficial de Contas e “aprovadas unanimemente pelo conselho de administração”. E sublinha que a gestão “mantém o seu foco e competência unicamente na execução do business plan desenhado e aprovado”, tomando as decisões de gestão “que geram os melhores resultados no contexto que vivemos, apoiada pelo seu conselho de administração”.
A Efacec garante ainda que não está a negociar qualquer hair-cut (vulgo perdão de dívidas) com os credores, “nem temos qualquer intenção de o fazer”, sustenta.
A equipa liderada por Ângelo Ramalho recusa ainda, mais uma vez, pronunciar-se sobre o processo de reprivatização em curso, sublinhando que esse é um tema que diz respeito sobretudo ao seu acionista maioritário, a Parpública, pelo que “não tecerá qualquer comentário sobre o processo, os potenciais candidatos ou sobre qualquer decisão inerente”. No entanto, frisa, “a continuidade da empresa e do negócio não está, nem nunca esteve, em causa” e os salários dos funcionários “não estão em risco”, nem há intenção de avançar com processos de lay-off.
Por fim, o documento frisa que Ângelo Ramalho, presidente da comissão executiva e chairman da Efacec, “não colocou o seu lugar á disposição”.
Questionada o Governo sobre a situação da Efacec, a Parpública responde que “a terceira fase de negociações, no âmbito do processo de reprivatização de 71,73% do capital social na Efacec Power Solutions, iniciou-se no passado dia 28 de setembro, com diversos encontros com os investidores interessados na aquisição da referida participação social, devendo as propostas finais ser recebidas dentro de cerca de três semanas”.
Deixe um comentário