//Elétricas europeias lideradas pela EDP pedem menos 55% de emissões até 2030

Elétricas europeias lideradas pela EDP pedem menos 55% de emissões até 2030

Sete das maiores elétricas europeias, lideradas pela portuguesa EDP, enviaram uma carta às representações permanentes dos 28 Estados-membros, aos eurodeputados e aos novos comissários europeus, na qual apelam ao aumento de 40% para 55% da meta para a redução de gases poluentes já em 2030.

Isto no mesmo dia em que o Parlamento Europeu declarou “emergência climática” na União Europeia, tornando a Europa o primeiro continente a decretar esta medida, e na véspera da tomada de posse de uma nova Comissão Europeia, já na segunda-feira, 2 de dezembro.

Na mesma missiva – subscrita pela EDP, Iberdrola, Enel, Orsted, SSE, Statkraft e Verbund – as elétricas apoiam o objetivo de neutralidade carbónica em 2050, já definido por Bruxelas, e propõem uma revisão ambiciosa dos objetivos para 2030.

A iniciativa conjunta das várias empresas do setor elétrico surge dias antes da reunião do Conselho de Energia e da cimeira climática COP25, que terá lugar em Madrid na próxima semana. Em cima da mesa está também o Green Deal anunciado pela nova presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que visa alcançar a neutralidade climática até 2050, e cujas principais linhas orientadoras serão apresentadas ao Conselho Europeu ainda em dezembro.

As atuais metas da União Europeia preveem uma redução em 40% das emissões de gases poluentes 2030, face aos níveis de 1990. O Green Deal proposto por Ursula von der Leyen quer aumentar o corte para, pelo menos, 50%. Na carta agora enviada aos ministros do Ambiente e Clima da União Europeia, as elétricas sugerem ir ainda mais longe e cortar até 55%.

“As tecnologias com capacidade para reduzir significativamente as emissões poluentes já estão ao nosso dispor, a preços competitivos e prontas para serem usadas em larga escala. Um sistema energético baseado em renováveis é a alternativa mais eficiente e competitiva para levar a cabo a descarbonização da economia. As tecnologias associadas às renováveis têm sofrido grandes cortes nos seus custos e já são competitivas face às restantes fontes de energia, enquanto os veículos elétricos também estão a ganhar terreno”, atestaram as sete empresas na carta.

Ainda assim, acrescentam, é necessário pôr em prática na UE uma série de novas políticas, a nível nacional e local. “Além de incentivos ao investimento em tecnologias limpas, é necessário adicionar uma taxa de carbono pesada e garantir que as empresas elétricas dos vários países possam operar nas mesmas condições”.

Por fim, mostraram-se prontas para “contribuir e investir em infraestruturas neutras em carbono, promovendo a adoção de novas tecnologias que possam ser aplicadas pelas empresas europeias internacionalmente”.

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