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Aos 56 anos, Elvira Fortunato já foi distinguida várias vezes ao longo da carreira como cientista e investigadora, mas recebeu esta quinta-feira pela primeira vez o Prémio Pessoa pelos seus contributos significativos “na vida cultural científica do país”.
A professora catedrática e vice-reitora da Universidade Nova de Lisboa é pioneira na investigação sobre eletrónica transparente e a eletrónica do papel.
Desde 2016 que viu as potencialidades do que conseguiu descobrir começarem a ser aplicadas a alguns projetos, fez uma parceria com a Samsung para uma patente conjunta e explica-nos como usar o papel como um material eletrónico terá aplicações relevantes em produtos farmacêuticos, embalagens inteligentes ou microchips recicláveis.
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Nesta entrevista, Elvira Fortunato fala-nos ainda de como o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) pode ser uma oportunidade de ouro que é preciso não desperdiçar – “temos de ter sucesso nestes grandes investimentos que vamos ter, temos de ser eficientes e estou a tentar ajudar nisso”.
“Vamos ter hipóteses de dar o salto e transformar uma parte grande do país, se não mudarmos é porque somos mesmo mauzinhos, agora não vamos ter desculpa com estas verbas e com tanto financiamento”.
“Iremos ter as agendas mobilizadoras no âmbito do PRR para desenvolver a indústria, mas a indústria terá de recorrer aos centros de investigação, porque não há inovação sem conhecimento. As indústrias para inovarem têm de ter apoio do conhecimento, acredito que se vão formar consórcios”.
“O que há em Portugal ainda é uma burocracia medonha e prejudica o desenvolvimento da ciência”.
A propósito de, nesta semana, se ter assinalado o Dia Internacional da Mulher, incluímos ainda parte de uma entrevista feita em 2019 à investigadora Manuela Veloso, atual responsável pela área de inteligência artificial, sobre ser mulher na área tecnológica e também a perspetiva sobre quotas da vice-presidente da IBM, líder da área de inteligência artificial, Aya Stoffer.
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