Um avião da Emirates Airline aterrou hoje pela primeira vez no aeroporto do Porto, dando início a uma rota que ligará quatro vezes por semana o Dubai e a Invicta. Thierry Aucoc, vice-presidente sénior do departamento comercial da companhia aérea para a Europa, admitiu ao Dinheiro Vivo que a Emirates poderá reforçar a sua presença na cidade. “Vamos começar com quatro ligações por semana e como é uma nova aposta queremos ver como vai correr, qual é o potencial e claro que, se não para agora, a nossa intenção no futuro é passar a um voo diário”.
O avião inaugural da Emirates, um Boeing 777-200 (na gíria um triplo sete), chegou ao aeroporto do Porto às 14.30 horas, após uma viagem de oito horas, registando uma taxa de ocupação de 100%. No evento para marcar o arranque da operação, o responsável da Emirates sublinhou que esta nova rota teve em conta o universo dos habitantes da região Norte e a proximidade à Galiza, sendo que é uma ligação que serve quer o segmento de negócios quer o turístico.
Como adiantou, a viagem Dubai-Porto vai certamente atrair viajantes de Taiwan – o primeiro mercado que identificaram -, a China, Japão e Austrália. Como sublinhou, “é uma ótima oportunidade porque podem combinar Porto, Lisboa e cidades de Espanha”. No sentido inverso (Porto-Dubai), a ligação apresenta potencial para viagens a destinos como a Tailândia, China, Austrália, África do Sul e, claro, o Dubai, a quarta cidade mais visitada do mundo, com mais de 15 milhões de turistas estrangeiros.
Thierry Aucoc frisou ainda que a região Norte pode ser também muito importante no que toca ao transporte de carga. Em Lisboa, onde a Emirates opera há sete anos, a companhia transportou mais de 14 mil toneladas de carga em Lisboa.
“Este voo vai incrementar a conectividade da região do Porto, ligando-a a um dos principais hubs mundiais”, frisou José Luís Arnaut, presidente do conselho de administração da ANA. O gestor recordou que o aeroporto do Porto quase duplicou o número de passageiros em cinco anos, passando de 6,3 milhões em 2013 para 11,9 milhões em 2018. E “este crescimento teve lugar nas duas estações IATA, reduzindo a sazonalidade”, sublinhou. No inverno de 2013, registaram-se 2,2 milhões de passageiros e na mesma época de 2018 o número subiu para 4,4 milhões.
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