A APP – Advanced Products Portugal, empresa da Maia especializada no desenvolvimento de soluções para o transporte de mercadorias em frio, acaba de lançar no mercado uma embalagem desenhada especificamente para a indústria vinícola exportadora. A nova embalagem tem em conta as necessidades de manter a total qualidade do produto entre a saída da empresa produtora até à chegada ao destino. “Há situações em que o vinho viaja 25 dias num navio e é preciso que não haja oscilações na temperatura”, sublinha Manuel Pizarro, CEO da APP.
A equipa de desenvolvimento, composta por quatro engenheiros, está também a trabalhar em soluções para o transporte de mercadorias, nomeadamente alimentos, no que se pode designar de cidades inteligentes. E em elaboração está também um sensor, que irá permitir aceder a um conjunto de informações sobre o estado da mercadoria em circulação. Manuel Pizarro está apostado em revolucionar o transporte em frio e em alavancar as exportações da empresa à boleia das indústrias portuguesas que vendem além-fronteiras.
Segundo Manuel Pizarro, em breve, as cidades irão ter hubs de mercadorias à entrada, o que obrigará a encontrar uma nova solução de transporte para os alimentos, produtos farmacêuticos e de saúde – os setores onde a APP é especialista. A empresa está pois a desenvolver embalagens de menores dimensões que permitam transportar os produtos de acordo com regras de segurança e qualidade. Num futuro próximo, as operações estarão centradas na micro logística, na sustentabilidade e rapidez dos transporte, sublinha.
Com 16 anos de existência, a APP conta já com clientes de peso no seu portfolio. Bial, Sonae, Jerónimo Martins ou Telepizza são alguns exemplos. Neste momento, Manuel Pizarro aguarda pelo resultado das soluções de frio que estão em validação na Ara, a marca de supermercados do grupo Jerónimo Martins na Colômbia.
A APP faturou, no ano passado, dois milhões de euros, sendo que 65% das vendas foram obtidas com soluções para a indústria farmacêutica. A exportação valeu 15%. Para este exercício, o empreendedor estima um crescimento de 10 a 15%.
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