//Empresa que gere o SIRESP teve prejuízo de cerca de dois milhões de euros em 2020

Empresa que gere o SIRESP teve prejuízo de cerca de dois milhões de euros em 2020

“O resultado líquido foi negativo e totalizou menos 2,003 milhões de euros o que representa um acréscimo de 53% em relação ao ano transato, o qual cifrou-se nos menos 1,309 milhões de euros”, lê-se no relatório e contas de 2020 da SIRESP SA, operadora da Rede Nacional de Emergência e Segurança (SIRESP).

O documento, assinado pelo presidente demissionário do conselho de administração Manuel Mateus Couto e datado de 12 de março, avança que este resultado negativo “é justificado pela falta de qualquer compensação associada à implementação das soluções de redundância da transmissão e de reforço da autonomia da energia elétrica e também pelo facto de o valor das receitas terem sido inferiores comparativamente ao ano de 2019”.

O relatório sublinha que “o resultado antes de impostos foi negativo no valor de menos 1,985 milhões de euros, contudo com o apuramento do imposto sobre o rendimento no montante de menos 18 mil de euros, o resultado líquido do exercício cifrou-se nos menos 2,003 milhões de euros.

“De acordo com o previsto no plano de atividades e orçamento de 2020, o resultado líquido seria positivo no valor de 170 mil de euros. O desvio desfavorável foi consequência da falta de qualquer compensação associada à implementação das soluções de redundância da transmissão e de reforço da autonomia da energia elétrica, não tendo sido até a data tomada qualquer posição relativamente a este assunto pelo Estado”, sustenta.

No relatório, a SIRESP SA, que desde dezembro de 2019 passou a ter o Estado como único acionista, considera “premente definir os moldes em que irá funcionar, nos próximos anos, a exploração da rede de emergência e segurança”, uma vez que a 30 de junho termina o contrato que o Estado tem com a Altice e Motorola para fornecer o serviço.

Na semana passada, o presidente da Altice Portugal disse que a empresa não teve “qualquer tipo de contacto por parte do SIRESP” sobre a continuidade do contrato, pelo lhe parece que a rede de emergência “vai acabar no dia 30 de junho”.