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Crescimento é o mote para a maioria das empresas nacionais, que durante este ano querem aumentar os seus negócios e reforçar o recrutamento.
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De acordo com o relatório “2023: o que vai mudar na gestão de pessoas” (da Neves de Almeida HR Consulting e do ISCTE Junior Consulting), sete em cada 10 marcas portuguesas perspetivam crescer este ano.
“Destaque para o setor dos transportes e infraestruturas, cuja totalidade dos inquiridos antecipa o ano de 2023 com um forte crescimento (100%), seguido pelos setores da energia (86%), e da saúde e farmacêutico (83%)”, revela o estudo. Já a indústria, retalho e turismo esperam manter, ou até, reduzir o seu negócio.
De forma a acompanhar o crescimento, também a força laboral terá de ser incrementada. Uma necessidade que o documento identifica como transversal a todos os setores, embora – tal como os objetivos – sejam diferentes, se levarmos em conta a dimensão das empresas.
Enquanto as pequenas empresas estão mais focadas em atrair talento, as médias procuram retê-lo. Já nas ditas grandes, as que contam com menos de mil funcionários procuram que estes se identifiquem com a companhia onde trabalham (o dito engagement). Já as que têm mais de mil colaboradores focam-se na retenção de talento.
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Refere ainda o relatório que este ano serão as áreas de IT, RH, Marketing, Comercial e Financeira, as prioritárias em termos de recrutamento. E a carreira de Top Management a que será menos procurada.
“A necessidade de aumentar ou igualar a aposta no recrutamento é transversal a todos os setores. Este fenómeno pode ser explicado pelo ambiente competitivo que existe relativamente à procura de talento. As empresas estão a dedicar cada vez mais recursos ao recrutamento, pois só através de colaboradores qualificados conseguirão potenciar o seu negócio”, considera Pedro Rocha e Silva, CEO da Neves de Almeida HR Consulting.
Reforço na formação
Como revela o relatório “2023: o que vai mudar na gestão de pessoas”, a maioria das empresas que participou no estudo afirma que pretende reforçar a formação em liderança e nas estratégias que promovam uma cultura de feedback, dentro da organização.
Reforçar as iniciativas de promoção de employer branding, promover o engagement e apostar em políticas de bem-estar, são as principais áreas de reforço no que à formação diz respeito.
A prioridade para a indústria, serviços e retalho é oferecer formação em liderança, enquanto as empresas de tecnologia, media e telecomunicações, focam-se em promover o engagement. Já o setor financeiro acredita que a cultura de feedback deve ser reforçada e no setor da Saúde e Farmacêutico, a aposta recairá em iniciativas de promoção de employer branding.
Para levar a cabo este documento foram 200 CEO e diretores de Recursos Humanos de empresas de diferentes dimensões e setores a nível nacional, que no seu conjunto empregam mais de 200 mil colaboradores.
Estes responsáveis identificaram ainda, que para este ano, os principais desafios centrar-se-ão na retenção de talento e no engagement (25% e 22%). Segue-se a atração de talento, a liderança e a cultura organizacional.
O estudo revela que há um alinhamento cada vez maior entre as prioridades dos CEO e dos diretores de Recursos Humanos, que atribuem o mesmo peso aos desafios da retenção de talento e ao engagement.
Já a liderança é mais valorizada pelos responsáveis dos recursos humanos, enquanto os CEO escolhem o desafio da retenção, como o mais importante, tendo mesmo sido 1/3 das opiniões recolhidas neste segmento.
“A dificuldade em reter talento é uma realidade para muitas organizações, por isso o reforço das lideranças e a consolidação da cultura da organização, são ótimos métodos tanto para atrair, como para reter as pessoas. Neste sentido, os CEO e Diretores de Recursos Humanos parecem ter visões cada vez mais consistentes sobre estas práticas, o que nos demonstra que as estratégias de gestão de pessoas têm cada vez mais peso e o capital humano começa a assumir um papel central nas organizações”, acrescenta Pedro Rocha e Silva.
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