//Encomendas e banca aceleram lucros dos CTT

Encomendas e banca aceleram lucros dos CTT

Mais de 72 milhões objetos distribuídos e uma parceria com a Sonae Financial Services foram suficientes para que, em 2021, os CTT – Correios de Portugal não só recuperassem da desaceleração nos ganhos de 2020, como também superassem os lucros de 2019, tendo em conta o contexto pandémico.

O grupo liderado por João Bento obteve um lucro de 38,4 milhões de euros, em 2021, mais 130,4% face ao período homólogo. De acordo com as contas reportadas ontem à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o operador postal mais do que duplicou os lucros em termos homólogos, devido “principalmente” ao resultado operacional recorrente antes de descontar as despesas com impostos e juros (EBIT) de 60,1 milhões, com “incrementos significativos” na área Expresso e Encomendas e Banco CTT.

Os CTT sublinharam que o negócio continua um “consistente” processo de transformação, dependendo cada vez menos do correio tradicional. Ainda que a área tradicional dos correios represente mais de metade (444,4 milhões de euros) dos rendimentos operacionais totais (847,9 milhões), é o segmento Expresso e Encomendas que volta a “atingir novos máximos de rendimentos”.

Os rendimentos desta área cresceram mais de 32%, totalizando 255,7 milhões de euros, beneficiando do “forte desempenho da região ibérica”. Em Portugal e Espanha, os rendimentos situaram-se em 252,5 milhões, mais 62 milhões do que em 2020. Esta melhoria estará diretamente relacionada como crescimento do comércio eletrónico na Península Ibérica, uma tendência que os CTT têm assinalado há alguns anos – ainda antes do contexto pandémico -e que esperam que continue a verificar-se.

“O desempenho na linha de produto CEP (courier, express and parcels) deveu-se, sobretudo, à atividade de e-commerce (B2C), com particular incidência em grandes marketplaces globais, por crescimento de mercado e pela nova angariação no segundo trimestre de uma grande plataforma mundial de e-commerce”, notou a empresa.

O CEP captou 234,4 milhões€de euros, mais 39,7% face a 2020, graças a um tráfego total de 72,8 milhões de objetos (+43,5%). Esta subida compensou a quebra nas linhas de banca e carga.