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A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, destacou esta sexta-feira que “10% daqueles que visitaram Portugal nos últimos anos”, antes da covid-19, escolheram o país por “motivos associados ao vinho”, optando por fazer enoturismo.
O Governo está “a trabalhar de forma muito focada” o enoturismo “desde 2019 e já podemos dizer que 10% daqueles que visitaram Portugal, nos últimos anos, antes da pandemia, vinham exclusivamente com motivos associados ao vinho”, afirmou a governante, Rita Marques.
Portugal é “um dos poucos países europeus” que possui “um plano de ação” específico para o enoturismo e a aposta neste setor “é um caminho” que o país está “a trilhar”, frisou a secretária de Estado, que falava à agência Lusa, em Monsaraz, concelho de Reguengos de Monsaraz (Évora).
À margem do encerramento da 5.ª Conferência Global sobre Enoturismo promovida pela Organização Mundial de Turismo (OMT), Rita Marques afiançou que este evento marca o “compromisso” do país em continuar “a trabalhar esta agenda”, em que “já muito” fez, mas onde ainda existe “um grande caminho para percorrer”.
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A secretária de Estado do Turismo lembrou que o plano de ação nacional para o enoturismo tem “quatro grandes dimensões”, a começar pelo ‘terroir’, ou seja, “por trabalhar os territórios com as 14 comissões vitivinícolas, distribuídas por sete regiões”.
“Depois, trabalhar o produto de qualidade, como se apresenta, como é pode ser bem apreciado pelo turista”, indicou, acrescentando que também “é bastante importante a capacitação e qualificação das pessoas”, assim como “a promoção e o acrescento contínuo na cadeia de valor”.
E a sustentabilidade, matéria na qual o turismo “tem tido um papel importante, porque tem assumido uma liderança muito forte”, tem que “fazer parte do ADN” em Portugal, defendeu Rita Marques.
Lembrando que “muitas” das 14 regiões vitivinícolas portuguesas desenvolvem a sua atividade nos territórios rurais e do interior, a secretária de Estado alertou que, fruto da pandemia de covid-19, o enoturismo destas regiões pode beneficiar.
“Os motivos de viagem alteraram-se ligeiramente, todos nós procuramos locais onde podemos estar um pouco mais isolados do burburinho das cidades”, e existe “maior apetite para degustar produtos da terra, quer gastronómicos, quer vitivinícolas”, afirmou.
E é preciso “proporcionar produtos, mas também experiências e diversidade” aos visitantes, porque Portugal tem que garantir que os visitantes possam “pernoitar mais tempo”, ou seja, para além da média de “2,7 noites” de estadia, para “garantir mais valor económico”.
A conferência da OMT em Monsaraz começou na quinta-feira e terminou hoje, tendo sido promovida com o apoio do Turismo de Portugal e da câmara alentejana.
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