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A sustentabilidade tem sido uma área que não tem passado despercebida às empresas. Cada vez mais é um tema em cima da mesa e que está constantemente a ser trabalhado. A japonesa Epson, uma das maiores empresas fabricantes de impressoras, scanners, computadores, projetores e outros produtos, luta para que a organização contribua diariamente para minimizar o impacto ambiental.
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Com um investimento na área da sustentabilidade a nível mundial de cerca de 700 milhões de euros (100 mil milhões de ienes, moeda japonesa), conta o CEO da Epson, Yasunori Ogawa ao Dinheiro Vivo, a empresa já arrancou com dois projetos em Portugal, o B-SEArcular e EDU2030.
Os projetos, que já se iniciaram no país vizinho há sensivelmente três anos, pretendem entrar no mercado português a todo o gás e fazer a diferença na moda e na educação.
Com o objetivo de reutilizar os plásticos para a produção de tecidos, o B-SEArcular, que está em fase inicial, “quer reduzir o impacto ambiental, reforçando a ideia de reutilização de materiais, com foco no setor da moda”. O programa, que pretende influenciar as formações neste setor das novas gerações e reforçar a tecnologia na área da moda conta com três fases, sendo a primeira a “recolha e reutilização de plásticos que poluem o oceano”. Em segundo lugar, vem o “fabrico de tecidos a partir do próprio plástico” e, por fim, “desafiar jovens talentos a criar peças de moda”.
Onde entra a tecnologia? Com a utilização das impressoras da Epson. “As nossas impressoras têxteis usam uma técnica menos invasiva e mais sustentável para o meio ambiente: a sublimação. Os equipamentos de impressão têxtil a jato de tinta poupam 80% de energia, consomem 60% menos água e reduzem a produção de resíduos”, explica o CEO.
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Desta forma, sendo os resíduos plásticos uma das principais ameaças aos ecossistemas – e, de acordo com os dados da multinacional do plástico utilizado para as peças de vestuário, para cada metro de tecido, é necessário o equivalente a oito a 10 garrafas de 33 cl, aproximadamente -, vai ser possível utilizar uma estratégia benéfica para o ambiente.
“Com 20 mil projetores nas escolas, chegamos a mais de meio milhão de estudantes portugueses.”
A organização “possui várias certificações que comprovam que as tintas utilizadas são inofensivas e resistentes à transpiração e à lavagem”, explica o CEO.
Quanto ao segundo projeto, o EDU2030, é focado na educação nas escolas (desde o ensino primário ao secundário). De forma a contribuir para a transformação digital, a sustentabilidade das escolas e a reduzir a pegada ambiental, a Epson aposta na projeção a laser. Segundo explica o responsável, “em Portugal, são já 20 mil os projetores” que estão instalados em escolas. “Se calcularmos que passam por cada sala de aula uma média de 26 alunos por ano, podemos dizer que chegamos a mais de meio milhão de estudantes”, acrescenta.
Medidas que abraçam o planeta
Curiosamente, a multinacional nascida em 1942 começou por ser uma fábrica de relógios. Tal como explica o gestor, “os relógios são produtos em que é preciso muita precisão e eficiência”. Dada a eficiência e os pequenos pormenores, a organização desde o dia um “que tem uma forte preocupação pelo meio ambiente”.
Que medidas utiliza a Epson para minimizar o impacto ambiental? Há quatro pontos importantes: “A descarbonização, ou seja, a redução do CO2, “fechar os recursos em loop”, “reduzir o impacto ambiental que o cliente cria” e “desenvolver tecnologias que protejam o ambiente”.
E que tecnologias e processos utiliza a multinacional? Alguns dos processos e tecnologias, que se adaptam a todo o tipo de empresas, vinca Ogawa, são, por exemplo, “converter a companhia para a utilização de eletricidade renovável”, medida que entra em vigor no próximo ano. Dentro de uma das medidas, o “fecho dos recursos em loop”, os gestores estão “a pesquisar como converter os produtos em plástico reciclado (como metais e papéis). Em relação às políticas sustentáveis da empresa, o CEO garante: “Tudo o que for possível reciclar, vamos fazê-lo.”
Em termos de redução do impacto dos clientes, “as tecnologias estão alinhadas em eficient compact precise“. Ou seja, estão “desenhadas para reduzir o impacto ambiental”.
Na Europa, a empresa tem à disposição “máquinas de reciclagem de papel, as PaperLab”, que recorrem a um sistema que não necessita de água. E como promessas futuras, a japonesa Epson, até 2030, quer “reduzir as emissões de gases com efeito de estufa”, sendo esta medida alinhada “com o Acordo de Paris e no seguimento dos objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas”.
Até ao horizonte de 2050, há duas metas concretas. A primeira é “tornar-se negativa, em termos de carbono”. A segunda é “excluir a utilização de recursos subterrâneos”, assegura o presidente da Epson, Yasunori Ogawa.
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