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Em seis meses, foram 47,3 milhões de euros faturados em Portugal, um crescimento de 24% face a junho de 2021 que faz deste o melhor semestre de sempre da rede imobiliária que soma quase 25 anos de presença no país. “Prevemos continuar esta trajetória de crescimento, fazendo de 2022 o melhor ano de sempre da ERA em Portugal”, afiança ao Dinheiro Vivo Rui Torgal, diretor-geral da empresa, cujas mais de 200 agências em território nacional venderam 6250 imóveis, um crescimento de 13% em relação ao mesmo período no ano passado.
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Embora a maioria dos clientes sejam portugueses, Rui Torgal assume “uma maior procura por parte de clientes estrangeiros, devido às características únicas do nosso país”. Vêm maioritariamente do Brasil, Reino Unido, Alemanha, França, Angola, Países Baixos, Bélgica e Estados Unidos. E essa afluência de fora permitirá reduzir o embate da subida das Euribor entre os clientes portugueses, na sequência da subida das taxas de juro pelo BCE, ao fim de 11 anos.
“Apesar de algumas notícias mais alarmistas, até agora esta situação não teve grande impacto no negócio”, revela o responsável, admitindo porém que “pode vir a existir alguma contenção”. “Acreditamos que as famílias portuguesas se vão conseguindo ajustar, adaptando o valor de compra do imóvel ao valor da prestação que conseguem pagar”, antecipa Torgal, salientando que “esta foi a primeira vez na história que tivemos taxas de juro negativas, e esta situação é que foi anómala”. Razão pela qual a normalização que traz o corrente acréscimo moderado das taxas de juro para conter a inflação “se vai sentir também no mercado imobiliário, mas normalizando-o e ajudando à estabilização dos preços da habitação”, conclui.
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Quanto às regiões do país que mais têm contribuído para o crescimento dos resultados da rede imobiliária, o diretor-geral aponta o Porto como o distrito com mais oferta, seguido de Braga e Lisboa. “Sendo a região do Porto a que tem mais oferta, é consequentemente aquela com mais vendas. No entanto, temos a realçar o enorme interesse no mercado de Lisboa que, apesar de ser a terceira região em oferta, é a segunda com mais procura: todos os imóveis que são colocados à venda no mercado são absorvidos.”
Também a região de Setúbal tem tido “um excelente desempenho nos últimos dois anos”, esclarece o responsável, realçando que o atual desempenho histórico ganha evidência quando comparado com o período pré-pandemia. “A faturação nestes seis meses representa um aumento de 12% face a junho de 2019 e supera até em 3% o valor atingido em 2018, considerado o melhor ano da história da ERA Imobiliária até agora.”
Formação e digitalização fazem a diferença
Questionado sobre os fatores que induziram o maior volume de vendas de sempre da empresa em Portugal, Rui Torgal não hesita em apontar as estratégias distintivas que a ERA empreendeu nos últimos tempos, com resultados. “Estes resultados resultam de uma estratégia que passa por um contínuo investimento nas pessoas e nas tecnologias, sem nunca descurar a aposta na inovação, no marketing e no empreendedorismo”, justifica, concretizando o papel da Academia ERA “num mercado tão ativo e dinâmico como aquele que temos e vamos continuar a ter em Portugal”.
“Só entre janeiro de 2021 a junho de 2022, já realizámos 150 ações de formação em oito cidades, do Algarve aos Açores, e mais de 1425 horas de formação, envolvendo 3850 participantes. Por outro lado, as nossas ferramentas digitais são motor da dinâmica de crescimento da empresa, com destaque para o nosso serviço Acelerador Digital ERA. Com recurso à inteligência artificial e assente no Big Data adquirido ao longo de mais de 20 anos, esta é a ferramenta de marketing digital mais eficiente do mercado imobiliário, que nos permite mostrar as casas certas às pessoas certas com a máxima rapidez e eficácia, acelerando o que melhor fazemos: vender casas.”
Rui Torgal aponta ainda o papel fundamental do Programa Obra Nova ERA, que permitiu fazer face à atual conjuntura do mercado, marcada pela escassez de oferta de qualidade. “Através do lançamento de 154 novos empreendimentos residenciais nestes seis meses, conseguimos inverter essa realidade”, diz, revelando que a faturação do programa cresceu 36% no semestre, face ao período homólogo.
São estas ferramentas que, em conjunto, justificam os resultados ímpares da imobiliária num contexto de escalada da inflação, subida das taxas de juro, escassez e aumento do custo das matérias-primas, com a empresa a atingir a marca de mil milhões de euros na venda de imóveis até junho.
Torgal realça ainda o registo do “maior número de clientes compradores face aos vendedores” neste período, tendo subido em 7% os que procuram casa em em 4% os que querem vender. “O valor médio de venda foi de cerca de 180 mil euros, um aumento de 14% face ao primeiro semestre de 2021”, revela ainda.
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