//Espetáculos ao vivo com perdas de 80% em receitas em 2020

Espetáculos ao vivo com perdas de 80% em receitas em 2020

Portugal registou em 2020 uma quebra de 100,4 milhões de euros nas receitas de bilheteira dos espetáculos ao vivo, menos 80,1% comparando com 2019, em consequência da pandemia da covid-19, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No relatório anual estatístico de Cultura, o INE sublinhou que “os efeitos da pandemia covid-19 e as consequentes medidas de política para salvaguarda da saúde pública alteraram profundamente a normalidade da vida dos residentes em Portugal”.

Na área dos espetáculos ao vivo, a quebra foi de 80,1% nas receitas de bilheteira face a 2019, com uma faturação total de 24,9 milhões de euros.

Os concertos de música pop rock e o teatro foram os espetáculos ao vivo “em que o impacto da pandemia foi mais acentuado”, refere o instituto.

Segundo o INE, em 2020 aconteceram 14.951 sessões de espetáculos ao vivo (como música, teatro e dança), às quais assistiram 2,5 milhões de espectadores, o que representou uma quebra, respetivamente, de 59,6% e de 85,1% face a 2019.

Os dados seguem em linha com o que os promotores, associações do espetáculo e representantes de trabalhadores da Cultura disseram no final de 2020: que a pandemia e as medidas de confinamento tinham paralisado a atividade cultural e levado a quebras superiores a 70%.