No novo ano, entrou em vigor a revisão as classes das portagens das autoestradas. A classe 1 passou a integrar todos os automóveis ligeiros que tenham uma altura de 1,30 metros no eixo da frente, mais 20 centímetros do que acontecia até ao final de 2018. Esta alteração beneficia sobretudo os veículos utilitários desportivos (SUV) mais altos, que pagavam classe 2 nas portagens e que agora passaram para a classificação mais baixa.
O IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes já publicou, na sua página oficial, a lista com os veículos SUV a beneficiar da revisão da classificação das portagens. Na primeira lista, foram nove modelos de oito marcas a entrarem nesta lista, que é publicada pelo IMT e que é automaticamente enviada às concessionárias das autoestradas portuguesas.
Na primeira versão da lista 2 – assim está publicada no portal do IMT – foram incluídos os modelos Citroën Berlingo, Hyundai Tucson, Jeep Compass, Jeep Renegade, Kia Sportage, Lexus NX, Mazda CX-5, Peugeot Partner/Rifter e Toyota RAV4. Entretanto, o instituto público já atualizou o documento, passando a incluir modelos da Ford (Kuga e EcoSport), Mitsubishi (Eclipse Grand Cross) e Opel (Combo, Combo Life, Mokka, Mokka X, Grandland e Grandland X).
O documento é atualizado periodicamente.
A atribuição da classe 1 nas portagens a estes veículos está sujeita a algumas condições: os veículos não podem ter um peso bruto igual ou inferior a 2300 kg; o eixo da frente tem de ter uma altura “igual ou superior a 1,10m e inferior a 1,30m”; não podem ter tração às quatro rodas; têm de cumprir a norma de emissões mais recente (Euro 6); é necessário ainda subscrever o sistema Via Verde.
O instituto público lembra ainda que “sempre que os fabricantes ou importadores não disponham da informação necessária à elaboração daquela lista ou não possam disponibilizá-la em tempo útil, o utilizador do veículo poderá requerer uma inspeção extraordinária de identificação num centro de inspeção técnica de veículos da categoria B”.
Este certificado, acrescenta o IMT, “deve ser apresentado pelo interessado diretamente nos serviços da concessionária das autoestradas”.
A alteração nas classes das portagens foi aprovada pelo Conselho de Ministros no início de agosto depois de várias reivindicações da indústria automóvel, sobretudo do grupo PSA, que tem uma fábrica em Mangualde e tinha referido que o investimento em Portugal poderia estar em causa caso se mantivesse o modelo de pagamento das portagens anexado à altura dos veículos. Com o modelo anterior de portagens, a nova viatura fabricada em Mangualde, por ter mais de 1,10 metros de altura, seria incluída na classe 2 e agora é classe 1.
(Notícia publicada inicialmente dia 2 de janeiro e atualizada esta quarta-feira, 9, acrescentando mais seis modelos de automóveis)
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