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A consultora Roland Berger identificou seis áreas prioritárias “de impacto ou oportunidade” para a banca portuguesa, que envolvem, por exemplo, digitalização e sustentabilidade, num estudo divulgado esta terça-feira.
De acordo com o estudo ‘Executive Retail Banking Survey’ [Inquérito à banca de retalho executiva, numa tradução livre], a banca portuguesa “compara bem com as boas práticas europeias, mas ainda enfrenta desafios importantes”.
Entre esses desafios estão “seis grandes dimensões prioritárias de impacto ou oportunidade para os bancos portugueses no contexto das conclusões do estudo desenvolvido”.
Na lista estão o “reforço da proposta de valor bancária”, que pode incluir “benefícios e ofertas não financeiras, integração de ofertas e serviços de terceiros, inovação de produto ou criação de novos modelos de serviço”, bem como a “digitalização ‘end-to-end’ [ponto a ponto] de processos complexos, com enfoque em empresas”.
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A Roland Berger identifica também a “inovação no modelo de negócios para PME [pequenas e médias empresas]” e a “adoção de modelos colaborativos suportados no desenvolvimento de parcerias com operadores financeiros e não financeiros, capitalizando a tendência para maior fragmentação da cadeia de valor”.
A consultora também recomenda a “aceleração do posicionamento dos bancos em ESG [governança ambiental, social e corporativa]” e revisão da estrutura organizacional numa ótica ‘agile'” [ágil].
Quanto ao desempenho dos bancos europeus, o estudo da Roland Berger concluiu que a pandemia de covid-19 “foi um acelerador da mudança no sector, mas não alterou estruturalmente os modelos de negócio” e que o “enfoque dos Bancos continua na digitalização ‘end-to-end’ [ponto a ponto] das jornadas de clientes”.
“A fragmentação da cadeia de valor está a aumentar e a relação com os clientes a ficar um espaço cada vez mais competitivo”, conclui também o estudo.
Por fim, a Roland Berger considera que “o modelo de serviço bancário terá de ser reconfigurado” e que “o modelo de organização bancário é ainda muito tradicional”.
O estudo consistiu numa inquirição à banca europeia, tendo contado nesta última edição com mais de 60 bancos participantes, de 11 países europeus, de entre os quais nove com operação em Portugal.
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