Mais de 20 estudos independentes e de organismos oficiais como a historicamente antitabagista americana FDA já confirmaram que o tabaco aquecido é uma melhor alternativa do que os cigarros para os fumadores que não querem ou conseguem deixar de fumar. Às preocupações tornadas públicas por algumas sociedades científicas e organizações de saúde relativamente aos possíveis riscos reduzidos do tabaco aquecido, a Tabaqueira contrapõe dados.
“Fruto da comercialização do tabaco aquecido, cerca de 7 milhões de fumadores no mundo inteiro, 200 mil dos quais em Portugal, deixaram de fumar a um ritmo nunca antes conseguido com políticas tradicionais de prevenção de tabagismo, assentes, como não deve aliás deixar de ser, na prevenção e na cessação”, sublinha Miguel Matos, diretor-geral da subsidiária portuguesa da Philip Morris International.
Uma dúzia de sociedades médicas e científicas vieram esta manhã alertar que os consumidores estão a ser induzidos em erro, por acreditarem que este tabaco não é nocivo. E ainda que admitam que “há de facto alguns produtos tóxicos que são reduzidos em relação ao tabaco convencional”, os médicos afirmam que esses efeitos não serão tão mitigados quanto a indústria alega.
“Para a Tabaqueira, é inquestionável que a melhor opção se encontra sempre do lado da prevenção e da cessação do consumo de produtos de tabaco e que qualquer fumador adulto que tenha preocupações de saúde deve deixar de consumir quaisquer produtos de tabaco ou à base de nicotina. Contudo, existem inúmeras pessoas que não querem deixar de fumar ou que, após inúmeras tentativas, não conseguem fazê-lo” e é a essas que a empresa dirige estes novos produtos. “Para estes fumadores, não sendo o tabaco aquecido um produto inócuo ou isento de riscos”, assume Miguel Matos, é uma melhor alternativa do que os cigarros.
Às afirmações daquelas instituições, a Tabaqueira contrapõe dados dos mais de vinte estudos que comprovam, “por evidência científica independente e de entidades oficiais como a Public Health England, ou a Food and Drug Administration americana, ou o Instituto alemão para a Avaliação do Risco, para citar apenas alguns, a existência de uma redução média de 90% a 95% da toxicidade dos novos produtos de administração de nicotina sem combustão, com ou sem tabaco, por comparação com o fumo dos cigarros”. Razão pela qual o diretor-geral da empresa considera “incompreensível” que aquelas sociedades científicas não considerem estas opções de redução de risco como uma alternativa válida para reduzir a incidência de fumadores, “condenando-os a usar um produto comprovadamente pior para a sua saúde”.
Ainda recentemente, Cliff Douglas, vice-presidente da American Cancer Society e que há 30 anos lidera aquela instituição americana, comparava a abordagem das organizações de saúde ao tabaco aquecido com a atitude relativamente aos primeiros casos de SIDA. “O cigarro é como as agulhas usadas, temos de separá-lo da substância. A nicotina não mata, o fumo é que mata. Só agindo rapidamente sobre as verdadeiras causas poderemos evitar milhões de mortes entre fumadores e a falta de regulação nesse sentido – no sentido de incentivar a substituição dos cigarros por alternativas sem fumo – é como, perante uma epidemia de uma doença sexualmente transmissível, apelar à abstinência sexual e rezar para que nos oiçam, em vez de advogar o uso de preservativos”, afirmou aquele conhecido antitabagista em Washington, na conferência do Food and Drug Law Institute (leia mais aqui).
“Quando temos por base os fumadores e todos sabemos que os cigarros trazem estes riscos enormes para a saúde, deve haver políticas capazes de incentivar melhores alternativas, desde que sujeitas a cuidadosa observação”, defendeu então também Marc Firestone, da PMI, elogiando a atitude da organização de saúde do Reino Unido. “O que a PMI está a fazer é uma das coisas mais radicais que uma empresa pode fazer, que é dizer, enquanto multinacional, vamos substituir os cigarros que produzimos por estes produtos de menor risco para tentar melhorar a vida dos nossos consumidores.”
Desde a sua privatização, a Tabaqueira investiu 350 milhões de euros em Portugal, admitindo agora transformar totalmente a fábrica de Sintra para produzir tabaco sem combustão. (Leia aqui)
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