Depois de várias semanas de confinamento, vários governos um pouco por toda a Europa começa a aliviar, ou a planear aliviar, as restrições de movimentos à sua população. E com o desconfinamento a começar a ser uma realidade em várias geografias, os cidadãos começam a olhar para o calendário e ponderar tirar proveito de alguns dias de férias.
A plataforma Airbnb, que permite o arrendamento de alojamento de curta duração, está a registar uma subida das reservas em alguns países do Velho Continente. Brian Chesky, CEO da Airbnb, disse ao Financial Times (FT) que há um aumento das reservas domésticas em países como Dinamarca e Holanda. “A retoma é melhor do que antecipamos há duas semanas. É uma recuperação temporária? É uma recuperação permanente? Ninguém sabe!”, disse ao jornal britânico.
No final de abril, os números das reservas realizadas por clientes dinamarqueses para locais na Dinamarca correspondia a cerca de 90% do registado no mesmo mês de 2019. Já nos Países Baixos as reservas domésticas situavam-se na casa dos 80% face ao mesmo período do ano passado. Os dados da plataforma indicam ainda que, em países como Noruega, Suécia, Suíça e Áustria há melhorias nas reservas domésticas embora, e de acordo com o FT, a Airbnb não esclareça se as reservas estão a ser feitas para o verão ou para depois.
O setor do turismo é dos mais fortemente afetados pela pandemia de Covid-19. Além de as viagens terem registado uma travagem abrupta em março – mês em que a doença atacou em força a Europa – ainda não é possível prever como vai ser a retoma da atividade. A maioria das ligações aéreas entre países continua sem se realizar e as companhias aéreas estudam a introdução de alguns voos ainda este mês, mas condicionados pela procura. A TAP é uma das empresas que está a trabalhar nesse sentido.
Os efeitos da pandemia sobre o turismo ainda não são claros. A atividade está paralisada em vários pontos do globo, milhares de trabalhadores estão em casa e unidades de alojamento de portas fechadas. Os efeitos nas contas só devem ser claros mais para a frente.
A Airbnb anunciou esta semana que pretende reduzir a sua força de trabalho e as receitas da empresa deverão ser cerca de metade dos 4,8 mil milhões de dólares registados em 2019.
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