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A Expocosmética, a maior feira de beleza da Península Ibérica, está de volta à Exponor, dois anos depois da última edição. E é sob o lema Back to Essentials – de volta ao essencial – que decorre, de 2 a 4 de abril, a 25.ª edição da Feira Internacional de Estética, Cosmética e Cabelo. São 160 expositores, um pouco menos do que em 2019, mas Amélia Estevão, diretora do evento, mostra-se confiante: “Ao fim de dois anos de pandemia, estamos todos cheios de vontade de regressarmos ao contacto físico. Temos grandes expectativas para este regresso”, diz.
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Biotecnologia, neurocosméticos e sustentabilidade são algumas das tendências que assinalam a nova edição, num mercado que vale mais de 900 milhões de euros. Entre as novidades, destaque para a Mind the Trash e para a Shaeco, marcas portuguesas de cosméticos com uma grande preocupação com o ambiente e a sustentabilidade.
A Mind the Trash, como o nome indica, procura dar uma atenção muito especial ao lixo que é gerado. Existe já há cinco anos, mas é a primeira vez que se apresenta no certame, já que a edição de 2020, onde se deveria ter estreado, foi cancelada. “A Mind the Trash foi a primeira marca nacional a assumir afincadamente a luta contra o desperdício no que respeita a produtos de cosmética e para o lar”, explica Catarina Matos, CEO da empresa.
Os champôs sólidos são o seu best-seller, e existem já em 11 versões diferentes, incluindo o tamanho de viagem, de 25 gramas, que dá para um mês de uso. “Por ser uma versão sólida, não usamos água na sua composição, o que é extremamente importante nos dias que correm, devido à crise da água. Desta forma, conseguimos um produto mais concentrado, duradouro e que precisa de menos embalagem”, diz Catarina Matos, acrescentando que, em termos de transporte, a versão sólida permite também poupar no espaço e peso, “contribuindo para uma redução significativa das emissões de CO2 neste processo”.
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A Mind The Trash tem hoje um portefólio de mais de 500 produtos, à venda na sua loja online, designadamente artigos para o lar, higiene oral ou acessórios como biberões e garrafas para bebés, brinquedos ou fraldas reutilizáveis. A maior parte das vendas são em Portugal, mas tem também clientes em Espanha e Itália e o objetivo é expandir a presença internacional. “Não consideramos ir para fora da Europa por não nos fazer sentido, a nível de pegada de transporte, irmos para tão longe”, frisa.
Já a Shaeco nasceu em 2020 e participa na Expocosmética com a ambição de “aumentar a notoriedade da marca e angariar novos contactos comerciais para desenvolvimento do segmento B2B”. Produzidos em Viana do Castelo, todos os produtos da marca são vegan e cruelty free, e devidamente certificados pela PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), sendo os ingredientes de fontes sustentáveis.
Todas as embalagens são produzidas localmente, com recurso a papel reciclado, e reciclável, e a tinta vegetal. Vera Maia, fundadora da Shaeco, garante que, nos seus dois anos de funcionamento, a marca já evitou que fossem descartadas mais de 60 mil embalagens em plástico. “Os cosméticos sólidos garantem uma maior poupança na água e reduzem o transporte dos produtos: um camião de champô sólido equivale a 15 camiões de champô líquidos”, sublinha.
Lançada em abril de 2020, a Shaeco não conheceu outra realidade que não fosse a pandemia, mas acredita que essa circunstância até ajudou, com os consumidores, em casa, a estarem mais disponíveis para experimentarem produtos novos. A taxa de fidelização à marca está acima dos 50%, garante.
À venda online e em lojas das especialidade, a Shaeco chega já a todos os países da União Europeia, bem como à Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. A empresa duplicou vendas em 2021 e espera duplicá-las novamente este ano, através da “sedimentação da sua posição no mercado nacional e do aumento das exportações”.
Em simultâneo com a feira, lembra Amélia Estevâo, decorre o 2º Congresso Nacional de Estética, Belieza e Saúde, com a curadoria de Simone Ayres, especialista na área da medicina estética. Será no dia 3 de abril e “serão abordados temas que marcam a agenda internacional do setor, como a alimentação antienvelhecimento, o meucoaching, os neurocosméticos ou os mitos do emagrecimento, sempre sob uma visão científica”.
A entrada na feira tem um custo de cinco euros para profissionais e de sete euros para o público em geral, sendo que a segunda-feira, dia 4, é de acesso exclusivo a profissionais. A última edição da Expocosmética contou com 48 mil visitantes.
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