O negócio das feiras está a mudar em todo o mundo e a Exponor-Fiporto – Feira Internacional do Porto está apostada em renovar-se para dar resposta a essa mutação. A empresa quer distinguir o negócio da organização de feiras da atividade de gestão do centro de exposições com o mesmo nome e, por isso, criou uma nova marca, a Exponor Exhibitions. Uma unidade de negócio independente, que prevê, também, o desenvolvimento de eventos para entidades terceiras, no modelo chave na mão, em qualquer ponto do país.
A companhia fechou 2018 com resultados “históricos” de 8,1 milhões de euros de faturação, um aumento de 5% face ao ano anterior, sendo que a gestão do centro de exposições correspondeu a 20%. Uma parcela que se pretende, também, que cresça, até porque, sublinha Diogo Barbosa, diretor-geral da Exponor, “o parque de exposições é como um avião, sempre que o parque está parado está a perder dinheiro”.
A reestruturação da Exponor passa, antes de mais, pela criação de novos conceitos e por uma nova abordagem aos que já existem. A partir da concentração em quatro grandes áreas sectoriais: indústria e maquinaria; casa e decoração; construção, reabilitação e arquitetura; e beleza, cosmética e lifestyle. “A indústria precisa de foco e nós acreditamos na especialização. Quanto melhor conhecermos o mercado melhor serviço prestamos”, diz Diogo Barbosa. Isto significa, por exemplo, que o Salão Auto e a Normédica, por exemplo, foram suspensos por serem áreas de “enorme concorrência” e que não domina.
“Optamos, sim, por trazer para a Exponor os eventos que as ordens já realizam, como um evento da Ordem dos Dentistas ou uma parceria com a Associação Nacional de Farmácias para a realização da Health for Beauty, um espaço dedicado à farmacêutica aplicada à área da beleza e que decorrerá em simultâneo com a Expocosmética”, explica o responsável. Já em maio há a 360 Tech Industry, um novo formato orientado para a indústria 4.0 e, em setembro, surge a IDF by Interdecoração, que junta três certames num só (Interdecoração, Export Home e Ceranor), procurando “ganhar dimensão e trazer compradores internacionais”. São esperados mais de dez mil visitantes para conhecer as propostas de mais de 200 designers e marcas.
Mas nem só de grandes feiras será feita a nova vida da Exponor Exhibitions. O objetivo é desenvolver “pequenos projetos taylor made”, como é o caso da Beauty Summit, que vai decorrer em Lisboa a 16 e 17 de junho, e que junta o congresso da associação do setor na área de exposição para profissionais. É uma parceria com a Beauty Land e ainda está por definir onde decorrerá. Mesmo no Porto, a Exponor Exhibitions está a estudar locais alternativos ao seu parque de exposições para receber estes projetos de nicho.
E porque as feiras têm de ser locais aprazíveis de negócios, mas também espaços de networking informal e de conhecimento de tendências, a equipa da Exponor Exhibitions lança, em todos os certames que organiza, um Trend Books, entregue gratuitamente aos expositores, “pelo menos seis meses antes da feira”. Uma forma de os inspirar e de os “ajudar a otimizarem a sua presença no evento”.
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