A multinacional de petróleo e gás norte-americana ExxonMobil Corporation vai começar a prospeção de petróleo ao largo da costa da província angolana do Namibe em 2019, avança um comunicado da petrolífera Sonangol.
No documento, é indicado que as duas petrolíferas assinaram na sexta-feira passada um memorando de entendimento, destinado a “reforçar os acordos de cooperação já existentes” e em que é definida a “intenção” de se assinar “contratos de serviços com riscos” para os blocos 30, 44 e 45, situados na Bacia do Namibe.
O Namibe é a única província do litoral angolano que não tem qualquer projeto de prospeção de petróleo.
Segundo o comunicado, o memorando foi assinado pelo presidente do conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino, e pelo diretor geral da ExxonMobil em Angola, Andre Kostelnik.
Ao intervir na assinatura do memorando, Carlos Saturnino realçou que o protocolo “insere-se no âmbito das orientações do executivo angolano sobre a atração de investimento estrangeiro”.
“Marca o início de uma nova era e o relançamento da estratégia de exploração petrolífera em Angola, que envolve atividades de prospeção e pesquisa”, acrescentou o PCA da Sonangol.
Por seu lado, e também citado no comunicado, o diretor geral da ExxonMobil, empresa que opera em Angola há mais de 25 anos, afirmou que o 2018 foi um ano “marcado [em Angola] por muitas promessas e mudanças [no setor petrolífero] que são bem-vindas”.
“Andre Kostelnik referiu também que a companhia norte americana está muito entusiasmada com o reforço da cooperação com a Sonangol e interessada em continuar a trabalhar em Angola e assim contribuir para a prosperidade dos angolanos”, lê-se no documento.
Angola é atualmente o segundo maior produtor de petróleo em África (apenas atrás da Nigéria) com uma produção diária em torno dos 1,5 milhões de barris e está à procura de ultrapassar a crise provocada pela queda do preço nos mercados internacionais, ao mesmo tempo que se debate com infraestruturas a necessitar de manutenção.
A Sonangol iniciou, oficialmente, também na sexta-feira, o Programa de Regeneração, na sequência da decisão tomada a 15 de agosto deste ano por João Lourenço de centrar o foco da empresa estatal nas atividades da cadeia de valor da indústria petrolífera, pondo termo à diversificação nos negócios da petrolífera.
Deste modo, serão privatizadas até 2020 várias empresas do grupo que não estejam ligadas ao “core business” da petrolífera angolana, como a prospeção, pesquisa e produção de petróleo bruto e gás natural, refinação, liquefação de gás natural, transporte, armazenagem, distribuição e comercialização de produtos derivados.
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