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A Fabamaq, especializada no desenvolvimento de jogos de casino, espera superar este ano os 11 milhões de euros de faturação, projeção assente na “bem preenchida” carteira de encomendas, proveniente a 100% de clientes internacionais, revela João Maia, chief operations officer da software house do Porto. A estimativa, a concretizar-se, representa um incremento de 22% face a 2021, ano em que a empresa viu as receitas também aumentarem 28%, apesar dos constrangimentos que marcaram a atividade do jogo de fortuna e azar no período mais agudo da pandemia.
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Este crescimento sustentado dentro de “uma indústria muito competitiva e de evolução rápida” tem-se repercutido na expansão da equipa de gamers (como são designados os colaboradores) e na criação de soluções de retenção de talento. Fundada em 2010, a Fabamaq já desenvolveu 107 jogos para casinos físicos e criou um portefólio de mais de 60 para as salas online. Atualmente, a tecnológica tem 229 gamers a trabalhar de forma multidisciplinar para criar os jogos de fortuna e azar.
Segundo João Maia, o desenvolvimento deste produto de entretenimento exige três etapas: conceptualização, desenvolvimento e certificação. Na conceptualização, os colaboradores têm de transformar um tema numa lista de requisitos para então se iniciar o desenvolvimento do produto. No processo de criação entram equipas de game art, para desenhar grafismos, animações e materiais promocionais, de som, para criar as músicas e diferentes toadas, de arquitetura, para os ajustes no motor de jogo….
Preparados estes módulos, o produto segue para os developers, designers, gestores de projeto e de produto, e software testers, que vão transformar todas as peças num puzzle completo e funcional, explica o responsável. A última etapa é a certificação, ou seja, comprovar que o jogo está pronto para ir para o mercado. Aqui é preciso ter em conta os requisitos legais de cada mercado e testar animações, funcionalidades, a atribuição de prémios, os sons, a ligação com a máquina, entre outros aspetos. Finalmente, obter a certificação numa entidade externa.
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Do Porto, o jogo de fortuna e azar pode seguir para casinos físicos nas Filipinas, México, Irlanda e Espanha ou, no caso dos digitais, ficarem à distância de um clique a partir de vários países do mundo.
De acordo com João Maia, este mercado está repleto de oportunidades de crescimento, com a tecnologia a exercer um papel determinante. A Fabamaq ambiciona manter-se firme nesta corrida e, para isso, quer aumentar a sua eficiência e competitividade. “Só conseguiremos isso com o talento dos nossos gamers”, sublinha. No início do ano, a empresa iniciou um novo processo de recrutamento e, neste momento, tem vagas em aberto para posições como software developer – game developer, build engineer, game engine developer, operation system developer, digital game development, entre outras. Para conseguir atrair estes profissionais – a contratação nesta área está ao rubro no país -, a empresa do Porto tem alguns trunfos.
Como frisa, a Fabamaq diferencia-se “por ser uma empresa tecnológica com desafios apetecíveis e projetos globais que dão às pessoas a oportunidade de crescer com a empresa”, a que se soma uma cultura de partilha, informalidade e proximidade. Recentemente, instituiu um regime de compensação que permite custear despesas de educação, transportes, estacionamento ou investir em planos de poupança reforma.
A par disso, definiu um bónus anual de performance, programas de coaching, mentoring e incentivos para o apoio ao desenvolvimento de competências. João Maia lembra ainda que a empresa conquistou a distinção “Healthy Workplace 2022”, galardão que distingue ações e estratégias de promoção do bem-estar, segurança e saúde dos colaboradores.
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