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Depois do braço de ferro entre o Facebook e as autoridades australianas, que levou a uma breve suspensão da partilha de notícias na rede social, a empresa de Mark Zuckerberg anunciou a criação de uma ferramenta de autopublicação para autores independentes.
O serviço, que será lançado primeiro nos Estados Unidos ao longo dos próximos meses, terá como um dos principais focos ajudar jornalistas a publicarem os seus trabalhos.
“Uma grande parte desta iniciativa tem como objetivo o apoio a jornalistas locais independentes, que são muitas vezes a única voz a cobrir uma comunidade”, escreveram Campbell Brown, vice-presidente de Parcerias de Notícias e Anthea Watson Strong, gestora de produto de Notícias no Facebook. “Vamos trabalhar para os incluir no lançamento e construir ferramentas e serviços específicos para as suas necessidades.”
Na publicação em que a novidade foi anunciada, as responsáveis disseram que o Facebook investiu 600 milhões de dólares para apoiar o jornalismo e que irá investir mais mil milhões nos próximos três anos no segmento.
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Segundo descreveram, a ferramenta de autopublicação foi desenhada para ajudar os criadores de conteúdos escritos – jornalistas, escritores e especialistas – a construírem negócios online. Vai oferecer uma plataforma com várias opções de estilo para publicação, criação de sites individuais e newsletters por email. A ferramenta estará integrada com o Facebook Pages, o que permitirá adicionar vídeos, fotos e outros formatos, e com o Facebook Groups, para “criar e alimentar uma comunidade de leitores.”
Outras funcionalidades incluem analítica para determinar o sucesso dos conteúdos, serviços de monetização (começando por subscrições) e serviços de aceleração para ajudar os autores a utilizarem melhores práticas nos seus negócios.
“O espaço dos criadores independentes está a crescer”, escreveram as responsáveis. “Apoiamos completamente o trabalho que outros estão a fazer e queremos garantir que oferecemos formas adicionais de crescimento e monetização.”
O anúncio não explicou se haverá um modelo de negócio associado para o Facebook, por exemplo com a cobrança de uma comissão por cada subscrição paga.
A novidade surge numa altura em que há cada vez mais pressão sobre plataformas e redes sociais para compensarem os criadores de conteúdos, incluindo meios de comunicação, que contribuem para os elevados níveis de envolvimento dos seus utilizadores.
Em fevereiro, o Twitter revelou a intenção de oferecer subscrições pagas, SuperFollows, para que os criadores e influenciadores possam monetizar a sua presença na rede social.
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