//FC Porto com prejuízo de 116 milhões de euros. Mas há uma boa notícia

FC Porto com prejuízo de 116 milhões de euros. Mas há uma boa notícia

A SAD do FC Porto apresentou um prejuízo recorde de 116,160 de milhões de euros, resultante do exercício da época 2019-20, segundo o Relatório e Contas da Sociedade Anónima Desportiva, já enviado à CMVM. No exercício 2018-19, os dragões apresentaram um lucro de 9,47 milhões de euros.

Numa mensagem a acompanhar as contas, Pinto da Costa admite que os resultados financeiros “não são positivos”, lembrando o impacto negativo da pandemia no capítulo financeiro. “Já depois do encerramento do exercício, no entanto, foram dados passos firmes para a reversão desta situação, com destaque para o balanço altamente lucrativo das transferências de jogadores no princípio da nova época sem enfraquecer a equipa”, garantiu o presidente portista.

Em causa as transferência feitas depois do fecho do exercício – Fábio Silva, Vitinha, Alex Telles, Soares e Danilo -, que contabilizam cerca de 100 milhões de euros e podem ajudar à recuperação e garantir a saída da lista negra do Fair Play financeiro da UEFA. “Se não houver nova paragem dos campeonatos, o FC Porto vai sair do Fair Play financeiro no final da corrente época”, segundo o administrador Fernando Gomes, acrescentando que esse encaixe vai ainda permitir “bater o recorde de mais valias do FC Porto no final da época”.

Para já só contam 551 mil euros em trasferências, contra os 42, 66 milhões de euros em 2018-19.

Sacrifício financeiro para não comprometer sucesso desportivo

Em comunicado, a SAD portista justificou os resultados com “a não participação do FC Porto na edição 2019-20 da UEFA Champions League e inevitável redução das receitas obtidas com a participação nas competições europeias”. Contas feitas, as provas europeias renderam apenas 9,99 milhões em 2019-20, contra os 80, 98 milhões de euros em 2018-19. Ou seja, uma diferença de cerca de 71 milhões de euros.

Apesar disso, a administração liderada por Pinto da Costa, decidiu investir no sucesso desportivo. “Na sequência da eliminação na pré-eliminatória de acesso à UEFA Champions League, em agosto de 2019, foi assumido o risco de não desbaratar uma equipa que tinha sido preparada para disputar todas as competições, apostando no sucesso desportivo – o que resultou nas conquistas do campeonato e da Taça de Portugal – e prevendo efetuar antes do final do exercício, como é habitual, um montante em transferências que compensasse este impacto negativo”, lê-se no Relatório e Contas.