O que levou a EDP a investir 800 milhões na digitalização?
São 800 milhões num horizonte de quatro anos, ou seja, 200 milhões por ano. É um número significativo porque há de facto essa necessidade.
E serão gastos em quê?
Para desenvolvermos iniciativas digitais é necessário criar primeiro as fundações: a infraestrutura que passa por sensorização, migrações para a cloud, plataformas de processamento e armazenamento de dados. Grande parte desses 800 milhões de euros será investida em infraestruturas, que vão além destes quatro anos. As iniciativas digitais assentam nestas infraestruturas em três vertentes: clientes, ativos e operações. Aos clientes queremos dar mais informação para terem escolhas mais inteligentes.
Nos ativos e operações, a aposta é na manutenção preditiva, 80% até 2022. Ou seja, as empresas têm cada vez mais ativos digitais que produzem dados. Através da sensorização consigo saber o que uma turbina está a fazer, o que produz e como se está a sentir. Podemos também ser mais eficientes na gestão. Com o projeto Hydrocast, a EDP desenvolveu um modelo analítico que prevê o caudal natural das albufeiras de Foz Tua e Baixo Sabor, o que permite reduzir as descargas e melhorar a tomada de decisão da área de trading de energia.
Quais são os projetos mais futuristas que nasceram na fábrica?
Temos 30 parceiros nacionais e internacionais, startups e não só. Um deles apresentou-nos os óculos de realidade aumentada Wearables, com tecnologia HoloLens. Mas isto não é inovação por inovação. Estamos à procura de coisas que aconteçam agora e criem valor no curto prazo. A digitalização da EDP olha para todas as geografias: Portugal, Espanha, Brasil, EUA. Os drones são muito usados no Brasil e em Portugal na inspeção de linhas de distribuição. Elimina-se o risco humano e aumenta-se a extensão da linha observada.
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