//Fintech espanhola Cobee entra em Portugal em janeiro

Fintech espanhola Cobee entra em Portugal em janeiro

Na sua primeira aventura fora de Espanha, a Cobee chega a Portugal a 1 de janeiro para operar no mercado de gestão de benefícios que as empresas oferecem aos seus funcionários. “O nosso objetivo é ter 50 empresas no final do próximo ano a trabalhar connosco em Portugal”, disse ao DV Borja Aranguren, cofundador e presidente executivo da empresa que almeja tornar-se num dos unicórnios europeus. O número de empregados que a Cobee poderá cobrir com os seus serviços em Portugal vai depender da dimensão dos clientes. “Estamos em conversações com empresas em Portugal que têm dez mil empregados”, adiantou.

A fintech disponibiliza uma plataforma digital na qual os departamentos de recursos humanos das empresas podem centralizar e gerir todos os benefícios que oferecem aos colaboradores. Para os funcionários, a Cobee disponibiliza uma aplicação e um cartão Visa onde ficam centralizados e atualizados em tempo real todos os descontos, vouchers e benefícios que a empresa oferece como complemento ao salário.

Baseada em Madrid, a Cobee emprega mais de 30 pessoas e tem cerca de 200 clientes – incluindo a PwC -, que empregam no total 30 mil colaboradores.

Em Portugal, a startup quer recrutar entre quatro e cinco colaboradores em 2021 que irão trabalhar em conjunto com a equipa em Espanha, que inclui portugueses.

A empresa arrancou no país vizinho em 2018, a partir de uma ideia de Aranguren, que passou pela experiência de mudar de emprego e dar-se conta já depois da mudança, de que tinha perdido uma série de benefícios que tinha no anterior empregador. A partir daí, construiu a empresa em parceria com Daniel Olea, chief technology officer da Cobee. Em janeiro de 2019, fizeram um teste-piloto em quatro empresas, que serviu para obter a primeira ronda de financiamento junto de investidores e empresas de capital de risco espanholas.

Depois de angariar clientes de peso e desenvolver a plataforma digital, a Cobee obteve novo financiamento de 2,1 milhões de euros junto de dois grandes fundos europeus, Speedinvest e Target Global. Para 2021, prepara a primeira operação de financiamento através de ações preferenciais. “No próximo ano, vamos ter a operação de financiamento de série “A”, porque queremos continuar a investir mais, não só em Portugal mas noutros países”, disse Aranguren. “Temos muitos na nossa lista. Ainda não decidimos. Estamos a olhar para Europa e para a América”, indicou.