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Meses de pandemia, marcados por alívios e apertos nas restrições, transformaram o consumo e as marcas. A FNAC, multinacional de origem francesa que se dedica à venda de bens culturais, pequenos eletrodomésticos e tecnologia, tem crescentemente vindo a apostar na cultura. A sustentabilidade era, antes da pandemia, um tema ao qual não era alheia, e que com a covid-19 tem vindo a aprofundar. Está em processo de importação de métodos que permitam ao cliente uma escolha mais informada – ambiciona a empresa.
“O Cultiva a Diferença foi um processo orgânico que começou há um ano. A primeira vez que utilizámos este claim tínhamos estado com as lojas todas fechadas. E quando voltámos a abrir tínhamos muitas restrições para fazer eventos. Mas está no nosso ADN promover eventos culturais. Fizemos um movimento para o digital. Paralelamente, estávamos na altura em que George Floyd tinha sido assassinado, numa altura pré-eleições nos EUA” e em que os sentimentos andavam mais à flor da pele, explica Inês Condeço, diretora de Marketing da FNAC Portugal.
Isso levou a retalhista a atuar, criando o “Cultiva a Diferença” com a missão de diversificar horizontes em nome de uma maior tolerância. “Este claim, foi iniciado pela área cultural, para promover gostos musicais diferentes, posturas em relação às filosofias de vida e modelos económicos diferentes. Teve esse eixo mais cultural, com o propósito de ter uma maior abrangência. O conhecimento torna-nos melhores”.
Além desta iniciativa, a Fnac mantém o “Novos Talentos”, que dá a conhecer artistas de seis áreas. “É algo que faz parte do nosso ADN. É um programa incrível até pela quantidade de talentos que já lançou. A cultura é o motor para a mudança de comportamentos e tem tudo a ver com a Fnac”, diz.
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A sustentabilidade era já um tema relevante antes da pandemia, mas que viu a sua importância crescer. Na casa-mãe, há uma espécie de empresa interna que avalia os produtos com base nas suas características e durabilidade. As mudanças não são “uma coisa que vá acontecer de um dia para o outro e tem muito a ver com uma mudança e sensibilização. Essa sensibilização já está a acontecer; a escolha e curadoria dos produtos que escolhemos já é pela qualidade e durabilidade”, assume. Mas há outros passos.
“Estamos a trabalhar essa visibilidade para o cliente que, quando chegar ao pé de um computador, por exemplo, vai saber que aquele, em relação ao do lado, tem mais ou menos durabilidade. Esse processo vai acontecer nos próximos tempos mas não é fácil. O que estamos a fazer é importar esses ratings e disponibilizá-los ao consumidor”, explica Inês Condeço.
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