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O fornecedor norte-americano Venture Global LNG tem falhado as entregas de gás natural liquefeito (GNL) à Galp e que foram acordadas em 2017 e 2018. Shell e BP já avançaram com processos contra a empresa, enquanto a Galp diz estar “a avaliar todas as opções para garantir o cumprimento dos seus direitos contratuais”, noticia esta quata-feira o jornal Público.
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A Galp é apenas uma de várias empresas do setor que se queixam de que a Venture Global LNG tem vindo a vender diretamente o gás do terminal de Calcasieu Pass a compradores dispostos a pagar mais no mercado à vista, em vez de cumprir as entregas que foram acordadas em 2017 e 2018.
O Público avança que a produtora norte-americana terá aproveitado o aumento da procura e os preços recorde do gás em 2022 para ganhar mais com as exportações deste terminal em Cameron Parish, no Sudoeste da Luisiana, do que aquilo que ganharia ao vender aos preços acordados há quatro ou cinco anos. Ou seja, o fornecedor norte-americanos aproveitou-se da subida dos preços do gás em 2022 provocada pela guerra na Ucrânia para vender gás mais caro a outros compradores em vez de cumprir as entregas com os preços estipulados nos contratos há quatro e cinco anos.
Várias empresas, como a Shell e BP, vendo-se impedidas de abastecer os seus próprios clientes ou de o revender a outras companhias energéticas, terão avançado com processos de arbitragem contra a Venture Global, mas a Galp não confirma esse cenário. Questionada pelo PÚBLICO sobre se já está agir legalmente contra esta fornecedora norte-americana, a petrolífera remeteu para a resposta que o administrador Rodrigo Vilanova deu na conferência de analistas em Julho: a Galp “está a avaliar todas as opções para garantir o cumprimento dos seus direitos contratuais”.
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