//Fortera vai construir o prédio mais alto do país em Gaia

Fortera vai construir o prédio mais alto do país em Gaia

O grupo Fortera, promotora imobiliária de capitais israelitas, prepara-se para construir em Vila Nova de Gaia o prédio mais alto do país, onde irá instalar um hotel de cinco estrelas e um conjunto de serviced apartaments de luxo, num piscar de olhos ao mercado dos vistos gold. O futuro edifício de 28 andares integra o projeto Skyline, que será desenvolvido na zona central desta cidade, em General Torres, num investimento revisto em alta para 150 milhões de euros. Segundo Elad Drod, CEO da Fortera, o loteamento do empreendimento, que contempla uma área de mais de 54 mil metros quadrados, será levado em breve à assembleia municipal para aprovação. A construção da primeira fase deverá arrancar dentro de um ano.

O edifício mais alto do país – irá suplantar a torre residencial de 26 pisos que está a ser desenvolvida em Lisboa -, vai ter também “os apartamentos mais caros” de Portugal, avança o responsável. Nas suas contas, o preço do metro quadrado nestas residências, que vão oferecer todas as comodidades de um hotel com o privilégio de se estar em casa, rondará os sete mil euros. As brand residences terão entre 40 e 100 metros quadrados e serão geridas por uma marca hoteleira de luxo (ainda no segredo dos deuses), sendo que este é o primeiro projeto da Fortera com foco nos investidores estrangeiros. Para isso, também não será alheio o facto de o empreendimento ter a assinatura do arquiteto Souto Moura, vencedor do Prémio Pritzker em 2011.

O Skyline, que será construído em cinco fases, contempla ainda um centro de congressos para 2500 pessoas, uma praça urbana, 300 apartamentos para o segmento médio alto, parque de estacionamento para 700 veículos, escritórios e retalho. Para já, o grupo israelita vai avançar com a construção do hotel, da praça central, do parque de estacionamento e do centro de congressos, prevendo terminar a obra num prazo de três anos. Neste projeto, inicialmente orçamentado em 110 milhões de euros, mas que as alterações ao desenho inicial e o aumento dos custos de construção obrigaram a uma revisão para 150 milhões, a Fortera conta com a participação de mais dois investidores israelitas.

Ainda este ano, a promotora imobiliária prevê iniciar o Alive Residencial, um empreendimento habitacional com cinco edifícios num total de 350 apartamentos, também em Vila Nova de Gaia. Segundo Elad Drod, em outubro arranca a construção de 122 fogos, entre T1 e T5, divididos por dois prédios, num investimento de 40 milhões. Este projeto, que se pretende distinguir pelas comodidades que irá oferecer aos habitantes (ginásio, espaço de coworking, kids club, entre outros), tem a classe média como foco. Também em 2022 o grupo vai arrancar com uma obra no Bonfim, no Porto, que envolve a construção de um hotel de cinco estrelas, a explorar sob a marca Leonardo Royal, e 210 apartamentos, totalizando um investimento de 90 milhões de euros.

Constituída em 2015 e já com 10 projetos concluídos, essencialmente no Porto, a Fortera foi alargando a sua esfera de atuação na região Norte, tendo apostado também em Espinho e em Braga. Nesta última cidade, o grupo já viu aprovada a intervenção no Convento do Carmo, que irá receber um hotel de quatro estrelas com 71 quartos. Em Espinho, Elad Drod está apostado em construir empreendimentos residenciais de dimensão. Nesta cidade, a Fortera adquiriu um terreno com 46 mil metros quadrados para desenvolver projetos que interligam habitação e serviços. Entretanto, o gestor está a olhar para outros concelhos limítrofes do Porto, como Maia e Gondomar. Para a Invicta não estão previstos novos investimentos, até porque já há poucas oportunidades.