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O Qatar anunciou que escolheu a companhia francesa “TotalEnergies” como o primeiro parceiro estrangeiro a desenvolver o maior campo de gás natural do mundo, noticiou a AFP.
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“Tenho o prazer de anunciar a seleção da TotalEnergies como o primeiro parceiro no projeto North Field East (NFE)”, disse o ministro da Energia do Qatar, Saad Sherida Al-Kaabi, em conferência de imprensa em Doha.
O grupo francês de petróleo e gás terá uma participação de 6,25% no projeto como parte de uma `joint venture´ com a QatarEnergy (QE), a gigante de hidrocarbonetos do Catar, disse o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, na capital do Qatar.
A NFE faz parte do projeto de expansão offshore North Field, o maior campo de gás natural do mundo que o Qatar compartilha com o Irão.
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O Campo Norte responde por cerca de 10% das reservas mundiais conhecidas de gás natural, segundo avaliação da QE.
Tais reservas de gás natural estendem-se sob o mar até o território iraniano, onde os esforços da República Islâmica para explorar o campo de South Pars são prejudicados por sanções internacionais.
De acordo com o ministro Al-Kaabi, outros acordos serão anunciados “no futuro próximo”.
Exxon Mobil, Shell e ConocoPhilips pretendem também participar da expansão do projeto que o Qatar inicialmente queria financiar sózinho, disseram fontes do setor energético à AFP.
Estima-se que a participação dos “gigantes” estrangeiros de petróleo e gás seja de cerca de 25% no projeto, que deve custar mais de 28 mil milhões de dólares e aumentar a produção em mais de 60% até 2027, indica a QE.
O ministro da Energia do Qatar, que também chefia o QE, referiu que a produção começará em 2026 e a expansão está “no caminho certo”.
O Qatar é um dos principais produtores de gás natural liquefeito (GNL) do mundo, juntamente com os Estados Unidos e a Austrália.
Os líderes europeus têm-se focalizado no Qatar nos últimos meses, procurando alternativas ao gás russo, na sequência da guerra na Ucrânia, que deu novo impulso aos projetos de GNL.
No sábado, a Tanzânia assinou um acordo-quadro com os “gigantes” britânicos e noruegueses Shell e Equinor em um projeto de 30 mil milhões de dólares, prevendo uma decisão final de investimento até 2025 e o início das operações em 2029-2030.
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