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A Fundação Ageas é uma entidade de economia social. Mais de 90% dos seus fundos são oriundos das cinco principais empresas do grupo Ageas e, em 2020, uma parte foi canalizada para acorrer às necessidades geradas pela pandemia. O apoio ao emprego e empreendedorismo não foi esquecido, tendo sido reformulado para responder às novas necessidades.
“O ano de 2020 foi extremamente atípico. Começou com uma expectativa e direção bem definida. E, logo no início do ano, em março, tivemos de fazer uma reformulação do nosso plano de ação, mas sobretudo no paradigma de intervenção. A fundação tinha planos de ação que dependiam quase sempre de intervenções presenciais e, depois, devido às limitações impostas, tiveram de ser alteradas”, explica João Machado, presidente do Conselho de Administração da Fundação Ageas.
A pandemia ditou uma “grande reformulação” dos planos e a fundação “aplicou mais capital em fundos de emergência”, tendo desenvolvido três planos. Um deles foi para a aquisição de equipamentos de proteção individual para lares e prestadores de cuidados domiciliários, outro contra a fome e isolamento e, por fim, para a doação de equipamento informático a famílias. No total, e no âmbito destes apoios, foram entregues mais de 130 mil euros e apoiadas mais de 70 instituições. “Tipicamente, a Fundação Ageas não trabalha com os beneficiários, mas através das entidades de economia social”, nota.
Para este ano de 2021, a fundação está “a preparar o desenho de mais fundos de emergência”, sem revelar mais detalhes. “No ano passado, houve alguns meses em que colocámos tudo em stand-by porque havia a emergência. Mas, depois daquelas três ou quatro primeiros meses, fomos retomando esse trabalho e estamos prestes a fechar a nossa redefinição estratégica. Mas sempre cientes que a estratégia é algo que, numa situação de emergência social, acaba por ficar um segundo plano”, assume. Por isso, se, por exemplo, Portugal voltar a entrar em confinamento ou “se virmos que a economia cresce substancialmente abaixo do que está previsto, se percebermos que, com a suspensão das moratórias, vários índices descem substancialmente, teremos de outra vez atuar na emergência”.
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Apesar de Portugal estar numa situação próxima do pleno emprego antes da pandemia, a fundação tinha um plano para apoiar desempregados de longa duração. “No ano passado, estávamos prestes a lançar um programa, a Escola de Impacto. É um programa de oito meses que pretende dar competências técnicas e sociais a pessoas que estão em situação de desemprego há muito tempo para, das duas uma: ou lançar o seu negócio; ou para as que não tinham o perfil de empreendedores, direcionávamos para que se sentissem mais preparadas para irem a entrevistas de emprego e arranjarem emprego”, diz João Machado. Mas com a pandemia este programa encontrou um entrave: era presencial. Por isso, decidiram partir para uma redefinição: o público-alvo foi alargado e passou para os canais digitais.
“Lançámos uma nova escola no ano passado. Já estamos na segunda edição dessa nova escola, a Relança-te Escola de Impacto Online 2020, e que é um programa especificamente para pessoas que perderam a totalidade ou parte dos rendimentos devido à pandemia”, remata.
Neste mês de julho, voltam a abrir as inscrições para a terceira edição da Escola de Impacto para desempregados de longa duração. A fundação está também a preparar a terceira edição da Relança-te “e que se manterá enquanto for pertinente”.
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