Partilhareste artigo
O Fundo de Resolução bancário agravou os seus prejuízos para 135,3 milhões de euros em 2020, face às perdas de 119,4 milhões de euros registadas no exercício anterior.
“O resultado líquido do exercício tem vindo a ser progressivamente mais negativo”, refere o Fundo de Resolução no Relatório e Contas de 2020 divulgado esta terça-feira.
“De facto, o resultado do exercício reflete, essencialmente, os encargos com juros e comissões relacionados com o financiamento do Fundo de Resolução e, em especial, o reconhecimento dos juros relativos aos empréstimos obtidos para o financiamento da medida de resolução aplicada ao BES e das medidas de resolução aplicadas ao Banif”, adianta.
Explica que “em 2020, o montante relativo a juros ascendeu a 133,6 milhões de euros [dos quais 119,6 milhões de euros atribuíveis ao Estado], e o pagamento de comissões ao Estado ascendeu a 1,6 milhões”.
Subscrever newsletter
“Assim, do resultado líquido negativo de 135,3 milhões de euros relativo a 2020, cerca de 121,2 milhões de euros correspondem a valores entregues ou a entregar ao Estado”, acrescenta.
Segundo o Relatório e Contas, o Fundo de Resolução terminou 2020 com uma forte deterioração dos recursos próprios, que “apresentavam um saldo negativo de 7314,7 milhões de euros, o que representa um agravamento do saldo negativo em 294,1 milhões de euros face ao nível de recursos próprios observado no ano anterior”.
Num comunicado que acompanha a divulgação do Relatório e Contas de 2020, o Fundo de Resolução nota que o documento foi aprovado pela Comissão Diretiva do Fundo em 26 de julho de 2021, antes da sentença do Tribunal Arbitral que lhe deu razão num diferendo com o Novo Banco.
O litígio em causa estava relacionado “com a intenção do Novo Banco de prescindir do regime transitório relacionado com a introdução da (norma contabilística) IFRS 9”.
Explica que no seu Relatório e Contas “aquele litígio é ainda apresentado como um passivo contingente, no valor de 169 milhões de euros, por ser esse o montante que o Fundo de Resolução teria de pagar ao Novo Banco caso a sentença do Tribunal Arbitral não lhe favorável”.
Atualizada às 15H06 com mais informação
Deixe um comentário