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O Fundo de Resolução autorizou o Novo Banco a prolongar a maturidade da dívida de uma das empresas de Luís Filipe Vieira, a Promovalor.
“A 27 de agosto de 2021, o Fundo de Resolução comunicou ao Novo Banco a sua não oposição à proposta de prorrogação do prazo dos VMOC [Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis], decisão fundamentada, sobretudo, no facto de a conversão dos VMOC em ações transformar o Novo Banco em acionista de sociedades que apresentam capitais próprios negativos de cerca de 200 milhões de euros e de implicar a consolidação dessas entidades no balanço do Novo Banco, o que provoca um impacto negativo na posição de capital do Novo Banco”, indica fonte do Banco de Portugal ao Dinheiro Vivo.
O Jornal de Negócios escrevia nesta segunda-feira que, no final deste mês de agosto, expira um empréstimo obrigacionista da Promovalor no valor de 160 milhões de euros, através dos chamados Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC), e que o ex-presidente do Benfica já disse não ter condições para pagar.
Há dias, o Correio da Manhã escrevia que a administração do Novo Banco já tinha dado início à avaliação do dossiê Promovalor, estando a estudar o que fazer em relação às dívidas e ativos dessa empresa.
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Esta segunda-feira, e já depois de revelada a decisão do Fundo de Resolução, a Lusa acrescenta que, caso o Novo Banco não prolongue a maturidade da dívida, o banco torna-se acionista das empresas de Luís Filipe Vieira, uma vez que as VMOC seriam imediatamente convertíveis em ações. E caso o banco se tornasse acionista das empresas de Vieira, indica o banco central, isso ia ter impacto negativo no capital no Novo Banco, uma vez que estas têm capitais próprios negativos de cerca de 200 milhões de euros.
Ainda segundo o Banco de Portugal, a prorrogação do prazo dos VMOC está “agora dependente de o Novo Banco obter o acordo das sociedades emitentes”, segundo a agência.
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