Em cinco anos, a gestão das empresas portuguesas mudou. A presença feminina está a crescer em todas as camadas de liderança. Em 2013 as mulheres ocupavam 11,3% dos cargos de liderança das grandes empresas, um número que aumentou para 15,6% em 2018.
A conclusão foi publicada esta quinta-feira pela Informa D&B na 9º edição do estudo anual sobre a liderança feminina nas empresas portuguesas, a propósito do Dia Internacional da Mulher.
Segundo a mesma análise, Portugal assistiu nos últimos anos a “uma evolução lenta mas consistente do protagonismo das mulheres nas empresa em todos os indicadores, como cargos de liderança, de gestão, de direção executiva e em cargos de topo, como a presidência de conselhos de administração e direção geral”.
No entanto, quanto maior é a empresa, menos são as mulheres que ocupam cargos de topo. Nas microempresas, 30,9% dos gestores são mulheres. Nas pequenas empresas a percentagem cai para 24,4% e nas médias para 20%.
Ainda assim, o estudo aponta para uma evolução positiva mesmo nas maiores empresas do país. Nos Conselhos de Administração das empresas cotadas na bolsa, por exemplo, o número de mulheres quase duplicou em cinco anos. Passou de 8,1% para 15,2% em 2018.
A presença feminina também aumentou nos cargos de direção executiva, de 24,1% para 27,5%. Segundo a Informa D&B é nas Direções de Qualidade, Recursos Humanos e Marketing e Comunicação que a liderança das mulheres mais se faz sentir. As duas primeiras são, aliás, “as duas únicas direções com mais mulheres do que homens, respetivamente 58% e 53%”.
A análise conclui também que a “iniciativa empreendedora” também aumentou nos últimos anos entre as mulheres, com 2018 a registar mais 33% de empreendedoras femininas.
Persistem, no entanto, desafios em setores como as Tecnologias de Informação e Comunicação, onde a liderança feminina se mantém abaixo da média. Só 17% das empresas deste setor são lideradas por mulheres.
O estudo estabelece ainda uma relação entre a gestão feminina e a origem do capital, concluindo que as empresas de capital estrangeiro têm menos mulheres nos cargos de gestão, apesar de a tendência ser inversa nos cargos de direção. Já nas empresas familiares a presença feminina na gestão é superior ao que acontece nas restantes.
Deixe um comentário