Descrito pelos líderes da aviação como “absolutamente excecional” e “elemento crítico para ajudar a TAP a sobreviver à crise”, Nuno Leal, o homem que liderou a renovação da frota da companhia aérea portuguesa com Antonoaldo Neves e David Neeleman ao leme, foi pelo segundo ano destacado como um dos 40 under 40 da aviação mundial. O gestor deixou o cargo de diretor de frota da transportadora portuguesa quando o Estado reassumiu em definitivo os destinos da companhia.
“Ao fim de uma carreira excecional de 14 anos na TAP, o gestor deixou a companhia em fevereiro de 2021, tendo abraçado desde então o cargo de conselheiro sénior para a World Star Aviation (baseada em Londres, mas que tem um novo escritório em Lisboa), sendo também consultor da Plane View Partners (baseada nos EUA), além de docente do Mestrado de Operações de Transporte Aéreo no ISEC Lisboa”, descreve a Airline Economics. A prestigiada revista do setor aeronáutico escolhe todos os anos o grupo de profissionais da área com menos de 40 anos que mais se destacaram na indústria no ano anterior, na sequência de uma extensa auscultação de cobertura mundial ao mercado da aviação comercial e que atesta a qualidade dos selecionados.
Nuno Leal, que já fora nomeado em 2019, repete o feito neste ano, sendo agora também apontado pela publicação como um profissional “Highly Commended”, devido ao trabalho levado a cabo na TAP ao longo dos últimos anos.
A aposta em novos aviões, mais eficientes e menos poluentes, e a melhoria do produto oferecido aos passageiros que se verificou ao longo dos tempos de gestão privada da transportadora foram fatores de peso para a distinção. Mas também a sua prestação no último ano de trabalho na companhia aérea portuguesa, “um período marcado por uma enorme contração de mercado”, devido à pandemia, e no qual a TAP tal como todas as outras companhias aéreas, impedidas de voar, sofreu brutalmente.
“Em 2020, Nuno liderou a equipa que renegociou os contratos de aquisição de aviões da TAP, reestruturou a dívida da frota, definiu e implementou um programa de redução de aeronaves para adaptação à realidade atual e futura”, elenca a Airline Economics. Aquilo que o próprio descreve à revista como tendo sido “uma batalha de vida ou morte”, que deu um “contributo fundamental para o programa de recuperação da transportadora”. Para o futuro, o gestor perspetiva uma luta “mais demorada do que inicialmente se esperava, mas que tem seguramente a recuperação” no horizonte.
Deixe um comentário