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Christine Ourmières-Widener, Ramiro Sequeira, João Reis Gameiro, Alexandra Vieira Reis e Silvia Mosquera González são os cinco administradores executivos da TAP. Os nomes tinham sido já revelados no início do mês, mas ontem decorreu a assembleia geral da companhia aérea para deliberar sobre a nova administração (até ao fecho desta edição não foi possível confirmar o término do encontro).
A presidência executiva ficará a cargo da francesa Christine Ourmières-Widener, que tem no currículo a liderança do grupo de aviação britânico Flybe. Ramiro Sequeira volta para à direção de operações, área onde estava antes de assumir a presidência executiva de forma interina em julho do ano passado. Com a pasta financeira ficará João Reis Gameiro, que tem um MBA em International Management e há mais de duas décadas que trabalha na banca de investimento. Alexandra Vieira Reis vai continuar como administradora da empresa. Chegou à comissão executiva no último trimestre de 2020 para substituir David Pedrosa. Antes, entre setembro de 2017 e setembro de 2020 foi chief procurement officer na TAP.
Por fim, a comissão executiva é composta por Silvia Mosquera González, que chega à TAP com origem na colombiana Avianca – de Germán Efromovich, que no passado tentou comprar uma participação na TAP -, para liderar a área comercial.
A estes cinco elementos juntam-se seis administradores não executivos: Manuel Beja, que vai ser chairman, Patrício Ramos Castro, Ana Teresa Lehmann, Gonçalo Monteiro Pires e João Pedro da Conceição Duarte.
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Os novos administradores da TAP foram escolhidos antes da Comissão Europeia ter dado luz verde ao plano de restruturação, enviado pelo governo português a 10 de dezembro de 2020. Naquela altura, Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, defendia que poderia ser possível que a luz verde de Bruxelas chegasse até ao final do primeiro trimestre. O governante chegou a admitir também a possibilidade de a nova administração entrar em funções com o plano aprovado. “A Comissão continua em contacto com as autoridades portuguesas sobre o plano de reestruturação. A análise da Comissão continua”, disse um porta-voz da Comissão Europeia ao DN/Dinheiro Vivo. “Não podemos comentar o conteúdo do plano de reestruturação ou prever o resultado ou o tempo de análise nesta fase. A Comissão está a avaliar se o plano está em linha com as exigências e condições estabelecidas nas orientações para ajudas de Estado”, acrescenta.
Apesar de Bruxelas ainda não ter dado luz verde ao documento, várias medidas começaram já a ser implementadas. Os cortes salariais tiveram início em março e ainda há cerca de 200 pessoas que terão de deixar a TAP. “O número inicial de redimensionamento, inscrito no Plano de Reestruturação em aprovação na Comissão Europeia, de cerca de 2000”, passou para “206 trabalhadores”, dizia a empresa numa nota interna, a 31 de maio, a que o DN/Dinheiro Vivo teve acesso. A empresa explicava ainda que, no total, “representa uma redução de cerca de 90% face ao número inicial, sendo a distribuição da necessidade remanescente de ajustamento pelos principais grupos profissionais da TAP a seguinte: 51 pilotos, face ao número inicial de 458; 47 tripulantes de cabina, face ao número inicial de 747; 71 trabalhadores da M&E Portugal, face ao número inicial de 450; 37 trabalhadores da sede, face ao número inicial de 300”.
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