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Inaugurou este sábado a primeira loja da cadeia Gong Cha em Portugal. A partir de agora, os aficionados de bubble tea, têm à sua disposição no Chiado, em Lisboa, cerca de 500 novas bebidas disponíveis.
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Mas afinal o que é um bubble tea? “É uma bebida que tem umas pérolas de tapioca no fundo do copo, daí a expressão bubble. Mas não é uma bebida só, o nome bubble tea engloba uma forma mais representativa do conceito”, explica ao Dinheiro Vivo, Amélie Morisot, a master franchisee da Gong Cha em Portugal.
Assim, o termo bubble tea acabou por ser um conceito genérico destas bebidas. “Na realidade as bebidas que estão no nosso menu e nos menus de quase todas as lojas de bubble tea ao redor do mundo, incluem algumas bebidas que têm leite, outras que não têm, outras de fruta, outras nem têm chá nenhum”, comenta Amélie Morisot.
De qualquer forma, a base destas bebidas é o chá em folha, que é cozido e trocado a cada quatro horas, para garantir a sua qualidade. Depois, dependendo da bebida serão adicionados xaropes ou pós para obter os diferentes sabores.
Do menu base da nova loja da Gong Cha constam 30 bebidas. Mas, como todas as interações possíveis de sabores e ingredientes, este número pode crescer até às cinco centenas.
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Cada bebida pode ser pedida em dois tamanhos: o médio e o large (cerca de 400 mililitros) e o preço anda entre os 4,5 e os cinco euros. “Dependendo do número de toppings que o cliente escolher, poderá ser mais caro ou não”, diz Amélie Morisot.
O espaço do Chiado, para além de ser a primeira loja no nosso país, é também apenas a segunda a abrir na Europa continental. A decisão de Amélie trazer este (relativamente) novo conceito para Portugal prende-se com o facto de querer levar a cabo um projeto de empreendedorismo em território nacional.
Depois, também, pela circunstância de que em Portugal cerca de 35% do volume de consumo de refrigerantes ser de ice tea. “Portanto, isso e o facto de em Portugal ainda haver muito pouca concorrência, achei que fazia todo o sentido. Outros mercados da Europa já têm muitos mais competidores o que torna mais difícil evoluir no mercado”, refere a master franchisee da Gong Cha.
As expetativas de Amélie para esta loja de 130 metros quadrados são as melhores. “A localização da loja é excecional, estamos ao pé dos Armazéns do Chiado, portanto, temos muito tráfego de turistas e de muitos lisboetas”, diz, adiantando que noutros países, as lojas piores, vendem uma média de 250 bebidas por dia, as melhores vendem uma média de 1000 bebidas no mesmo período. “Se ficarmos no meio, dou-me por satisfeita”, garante.
O facto de trazer para um país novo um conceito diferente, obriga a que Amélie se veja obrigada a ter de criar a categoria, dar a conhecer a marca e o produto. Por isso, considera que conseguir vender 500 bebidas por dia “diárias já seria um resultado excelente para Lisboa”.
Abrir um negócio novo, num mercado pouco ou nada explorado pode ser arriscado, mas Amélie relativiza a situação. “Muitas pessoas consideram que as crises são as melhores alturas para arriscar. Porque quando se investe em tempos de crise, se depois prosperar, chegámos antes de toda a gente a um mercado quase virgem”. E remete para os primeiros resultados da loja da Gong Cha que abriu em setembro na Bélgica, que são “muito positivos”.
A loja da Rua Nova do Almada já está pronta para receber os seus novos clientes. A primeira equipa conta com seis pessoas, que segundo a responsável, estão verdadeiramente entusiasmadas com o projeto e também por serem os precursores da marca em Portugal. Encontrar estes colaboradores não foi difícil, afirma Amélie Morisot, que remete para as boas condições de trabalho que a sua empresa oferece. E, como exemplo refere que cada barista terá um ordenado na ordem dos 850 euros.
Para divulgar a chegada da Gong Cha a Portugal, Amélie explica que o plano de marketing tem dois níveis: para os clientes, em que o foco está na social media, uma vez que o target é muito jovem. “Vamos ter perfil de Tik-Tock e Instagram como os principais divulgadores da nossa marca”, explica. E adianta que que para além deste acompanhamento nas redes sociais para “criar uma comunidade”, também será lançada uma app, que vai ter um programa de fidelização muito grande para os clientes.
O segundo nível já diz respeito aos futuros franchisados da marca. Aqui haverá um perfil no LinkedIn, onde serão divulgadas notícias da marca e da expansão em Portugal. “Mas também consideramos a afiliação à Associação Portuguesa de Franchising como forma de divulgação. Ainda não estamos afiliados, mas já estou a falar com a CEO”, refere Amélie.
Em Portugal, as lojas da Gong Cha vão funcionar principalmente em regime de franchising. Com previsão de abertura para 2023 estão já dois novos espaços no Porto, um que é próprio e o segundo, na Avenida dos Aliados, será franchisado. “Temos perspetivas para várias outras localidades e já estou em conversações. Estamos à procura para todas as zonas de Portugal, portanto, ainda tem muito potencial”, lança.
A origem
A Gong Cha nasceu em Taiwan, em 1996 e atualmente tem 1800 lojas espalhadas pelo mundo. Para conseguir fornecer chás de qualidade, a marca trabalha com cerca de 200 produtores de várias zonas da Ásia que cultivam quatro tipos de plantas diferentes. A tradução de Gong Cha significa “chá de homenagem ao imperador”.
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