//Google fatura 4,1 mil milhões com conteúdos dos media

Google fatura 4,1 mil milhões com conteúdos dos media

A Google poderá ter faturado 4,7 mil milhões de dólares (ou 4,16 mil milhões de euros) com os conteúdos produzido pelos meios de comunicação social e difundidos pelo motor de pesquisa e do agregador de notícias Google News, admite um estudo da News Media Alliance. Há dez anos (2008), a Google News gerava apenas 100 milhões de dólares (88,4 milhões de euros).

Segundo o estudo hoje divulgado, as notícias produzidas pelos meios de comunicação social são usadas para atrair utilizadores. O documento realça que 16% a 40% dos resultados do motor de busca são notícias. A questão central é que a Google “não paga aos meios por essa utilização”, avança a News Media Alliance em comunicado. Esta organização norte-americana representa mais de duas mil empresas de conteúdos nos EUA.

“Os produtores de notícias têm de continuar a investir na qualidade do jornalismo e não podem fazê-lo se as plataformas tiverem acesso ao que quiserem sem pagar por isso”, alerta David Chavern, presidente da organização, assinalando que os “jornalistas têm de ser pagos”. Para a associação, esta estimativa de receita é “conservadora”.

O estudo realça que as notícias são cada vez mais importantes para a Google. O tráfego que vai do motor de busca para os sites dos órgãos de comunicação social aumentou mais de 25% entre 2017 e 2018 para aproximadamente 1,6 mil milhões de visitas por semana. “Isto significa que mais dinheiro está a ir para a Google e não para as empresas que produzem os conteúdos”, sublinha David Chavern.

A News Media Alliance defende a criação de uma legislação que permita a negociação coletiva dos produtores de conteúdos com plataformas como a Google e o Facebook que garanta melhores condições na distribuição de conteúdos e de receitas.

O congresso norte-americano tem em fase de discussão uma proposta de lei que, a ser aprovada, permitirá aos produtores de notícias terem uma exceção às regras de concorrência (que não permitem a negociação em cartel) por quatro anos para negociarem com as plataformas online uma forma de dividirem as receitas com publicidade digital.

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