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A Google anunciou esta sexta-feira que vai oferecer mais três mil bolsas aos portugueses para realização de um dos seus cursos de formação online. A iniciativa, que tem em vista reforçar a empregabilidade no país e o desenvolvimento de competências digitais, surge de uma parceria estabelecida no ano passado com a APDC – Associação Portuguesa de Desenvolvimento das Comunicações e com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), contando ainda com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
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Apoio Técnico de Tecnologias de Informação, Gestão de Projetos, Análise de Dados, Design da Experiência do Utilizador são quatro dos cinco certificados profissionais disponíveis, a que se soma a recém-lançada formação de Marketing Digital & E-commerce, destinada a capacitar pessoas e as pequenas empresas a crescerem nos negócios online. A última “dá competências em marketing digital e comércio eletrónico, abrangendo áreas como encontrar clientes, construir uma loja online, medição e análise e como aumentar a fidelização do cliente”, explica a Google, em comunicado, acrescentando que, em breve, todos os cursos estarão disponíveis em português.
Estes certificados foram criados por serem áreas que, geralmente, não requerem um diploma de formação superior, possibilitam uma remuneração acima da média e são alvo de uma crescente procura pelas empresas. Aos candidatos, não é exigida nenhuma formação ou experiência prévia. Os cursos são ministrados online, através da plataforma Coursera, permitindo que a aprendizagem seja adaptada ao ritmo de cada um.
“Com a parceria entre empresas privadas e associações públicas e organismos públicos, estamos a chegar a mais pessoas e a apoiar Portugal na transformação e recuperação económica. Ao longo dos anos, os portugueses têm demonstrado um enorme interesse em adquirir novas competências tecnológicas e digitais”, diz Helena Martins, responsável por políticas públicas da Google Portugal, citada em comunicado.
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Nesta colaboração, a APDC conta com o apoio do IEFP na divulgação e sinalização junto dos potenciais candidatos para realizar um dos cinco cursos. Na primeira fase, em 2021, as duas entidades comprometeram-se a contribuir para a promoção da igualdade de género na seleção dos candidatos – e cerca de 50% das pessoas que concluíram alguns módulos eram do sexo feminino. Para este ano, o compromisso mantém-se.
Para Rogério Carapuça, presidente da APDC, “este tipo de projetos, que visam contribuir para atenuar o problema da escassez de recursos qualificados nas áreas do digital, encaixam na perfeição na missão da Associação”. “É evidente que o país precisa com urgência de investimentos na qualificação, requalificação e melhoria das competências dos recursos humanos. Só assim se pode fazer face às tendências demográficas negativas e à crescente escassez de talento com que se deparam atualmente as empresas de todos os setores”, acrescenta.
“É fundamental acelerar as competências digitais como fator de competitividade dos trabalhadores. Portugal tem todas as condições para liderar este posicionamento na Europa. É nossa prioridade total investir na valorização dos trabalhadores e nas qualificações, como forma de promover uma maior inovação e capacidade de atrair e reter talento para Portugal”, refere a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
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